A classe de que todos precisam
A dos enfermeiros. Cuidaram de todos nós, particularmente durante a crise pandémica, com a dedicação do costume, mas com a coragem, determinação e competência que a situação exigia. Tenho por todos eles, que tantas vezes trabalham em circunstâncias deveras complicadas, a maior das considerações.
Porque essa gratidão deve ser pública, sou solidário com as suas justas pretensões designadamente as que derivam dos hercúleos trabalhos aquando do período conturbado e difícil da luta contra a epidemia.
Estou consciente do quanto já fez a Região pela classe, desde a contratação recente de 98 novos enfermeiros, dos pagamentos das horas extraordinárias realizadas no âmbito covid ou do subsídio covid referente ao ano de 2020, até à regularização e descongelamento de carreiras.
Mas aguardo com expectativa positiva que seja conseguido o cumprimento, ainda este ano, do pagamento dos tempos covid referentes a 2021. E, também, da regularização das situações pendentes em relação a alguns grupos destes profissionais que, não devendo ser excepcionados, querem ver estendidos os seus direitos e reposta igualdade de tratamento. Acredito que seja possível e saliento o empenhamento da tutela na implementação das medidas para alcançar esse desiderato.
São os enfermeiros dos que mais emigram procurando trabalho melhor remunerado no estrangeiro. Creio que, pela atenção que a Região vem dedicando ao sector, mais a construção do novo hospital e a revolução que irá proporcionar, estarão a ser criadas condições para estancar essa já antiga saída de técnicos e possamos entrar num período de estabilidade que, a prazo, conduzirá a Madeira a uma situação de muita qualidade na área da saúde.