“Como pode o Direito não se interessar pela longevidade?”
Joana Aroso, advogada, diz que faz falta uma “convenção internacional de protecção jurídica dos idosos”
Joana Aroso, advogada na sociedade JPAB – José Pedro Aguiar-Branco & Associados, fala, esta tarde, na conferência ‘Novos Velhos, que decorre no Colégio dos Jesuítas, e insistiu na necessidade de “envelhecermos bem e de forma saudável” e, neste tópico, na necessidade de “darmos voz aos velhos”, permitindo uma mudança na concepção de sociedade que “não coloque a velhice à margem”.
Na sua intervenção, lembrou que nas próximas décadas mais de 22% da população mundial vai ter mais de 60 anos, com Portugal a ser o quarto país na Europa onde se verifica esta tendência. Uma realidade que vai obrigar a medidas efectivas para a protecção jurídica desta faixa etária.
Mas “não existe uma convenção internacional de protecção jurídica dos idosos”. E faz falta, considera a advogada, a exemplo daquilo que acontece, por exemplo, com as crianças. “É preciso coragem aos governos dos países” para potenciar o desenvolvimento dos idosos, com a criação de soluções adequadas, nomeadamente ao nível dos cuidados de saúde. Até mesmo para aquelas que vivem institucionalizadas é preciso “garantir a assistência no respeito da sua vida privada”.
Três dias de debate para "olhar com outra lente" para a idade sénior
O 'Encontro de Idosos - Os Novos Velhos' debate as políticas de promoção do envelhecimento activo
Tânia Cova , 05 Junho 2023 - 14:50