Regionais 2023 Madeira

Chega quer “escrever uma nova página política na história da Madeira”

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O líder do Chega-Madeira, Miguel Castro, é o cabeça-de-lista do partido às eleições Regionais, cuja data ainda não está definida, mas ao que tudo indica deverá acontecer a 24 de Setembro.

“Vamos acabar com a maioria do PSD na Madeira”, diz Ventura

Na apresentação oficial de Miguel Castro como cabeça-de-lista do Chega-Madeira às próximas eleições Regionais, André Ventura manifestou o seu desejo de terminar com a maioria do PSD na Região.

Na apresentação oficial do cabeça-de-lista, que decorreu esta tarde no Hotel Barceló Oldtown, no Funchal, Miguel Castro assumiu que deseja, “fazer frente a quase cinco décadas de domínio de um partido e de levar à população uma nova forma de fazer política”.

Assumir, sem receios, que queremos pensar diferente, fazer melhor e escrever de forma determinada uma nova página na história política da Madeira Miguel Castro, cabeça-de-lista do Chega às Regionais 2023

“Nesta luta que se junta a dificílima situação em que a Região hoje se encontra”, Miguel Castro salienta que é necessária “a ousadia de uma reflexão séria e a coragem de apresentar soluções reais, honestas e verdadeiramente capazes de aportar esperança e valor à vida” dos milhares de cidadãos e famílias que, segundo ele, “hoje veem e sentem o vazio governativo que lhe foi posto no prato”.

“Falo dos 74 mil madeirenses em risco de pobreza, dos 118 mil em listas de espera, do IVA mais alto de todas as regiões ultraperiféricas, dos monopólios instalados em sectores fundamentais do nosso tecido económico, da carga fiscal que asfixia cidadãos e empresas”, começou por apontar, acrescentando em seguida também “o povo que não consegue comprar casa nas suas cidades, que vê os seus acessos ao mar privatizados ou explorados e que vê a sua terra vendida a retalho ao licitador mais rico”.

Falo do despesismo de um governo que tanto nos envergonha e das redes tentaculares de amiguismo, compadrio e corrupção que sugam, sem pejo nem pudor, o dinheiro público que tanto sacrifício nos custa, pois é o dinheiro de todos nós Miguel Castro, cabeça-de-lista do Chega às Regionais 2023

O cabeça-de-lista do partido destaca que “tudo isto é o espelho de um governo que dá circo a quem precisa de pão, que promove o ruído, em vez de construir estratégias, que prefere a irresponsabilidade à verdade, e de um governo que converteu a governação num penoso, dispendioso e iludido jogo de constante promoção publicitária”.

“Com uma postura totalmente diferente”, Miguel Castro esclarece que nos próximos dias será apresentado o programa eleitoral, com o título ‘Compromisso Madeira’, e que vai assentar em duas ideias-base: “a reforma do sistema político e a luta por uma governação humanista”.

Nesse sentido, o programa vai propor medidas em doze áreas da governação, que vão desde a Autonomia, a Administração Pública, o Sector Primário, a Identidade Cultural, os Transportes e o Ambiente à Coesão Social, Saúde, Economia, Educação, Segurança e Família.

Desde já, deixamos bem claro: não contem connosco para a farsa das soluções falsas. Não contem connosco para paz podre e não contem connosco para vender as escolhas dos madeirenses por um prato de lentilhas, nem por travessas de lagosta” Miguel Castro, cabeça-de-lista do Chega às Regionais 2023

Por fim, Miguel Castro garante que o partido “não está à venda” e que “e por muito fortes que sejam os ataques montados e as clivagens que querem semear entre nós”, o partido sabe para onde é que vai.

“Vão nos pôr à prova, vão testar a nossa determinação, a nossa motivação, a nossa resistência, altruísmo e a nossa união”, referiu, pedindo em seguida aos militantes e simpatizantes do partido que “sejam dignos da luta”.

Miguel Castro, que é funcionário público e empresário no sector da restauração e actividades turísticas, lidera o Chega na Madeira desde Março, tendo na altura sucedido a Fernando Gonçalves na liderança da estrutura regional do partido.

De realçar que nas últimas Regionais, em 2019, o ano em que se constituiu formalmente, o Chega obteve 0,43% dos votos (619).