PAN critica política de abate de árvores no Funchal
"O PAN associa-se ao protesto de tantos cidadãos do Funchal e de toda a Madeira, que desde que a coligação PSD/CDS assumiu a governação da cidade, reclamam anonimamente, nos cafés, entre amigos, nas redes sociais, pelo abate ou pelas podas excessivas de árvores centenárias", assume o partido através de um comunicado remetido, ao início da tarde, às redacções.
Como exemplo, das ditas “podas excessivas” aponta o corte de árvores junto do antigo restaurante 'Amazónia'", que diz terem sido "abatidas de modo injustificável'".
Corte de árvores junto ao antigo ‘Amazónia’ gera aparato
A Polícia de Segurança Pública foi hoje alertada para o corte de árvores na área do antigo restaurante ‘Amazónia’, no Funchal, que recentemente foi adquirida pelo Grupo Interpatium.
"Como este exemplo, multiplicam-se as denúncias e, quando analisados os avisos que devem informar a população dos abates, verifica-se que a causa do estado fragilizado das árvores se deve ou aos sucessivos anos sem quaisquer cuidados ou porque neste momento estorvam a empreitada que ali se pretende fazer, não sendo contemplados na decisão critérios como a longevidade das espécies ou os riscos para a biodiversidade", acrescenta a mesma nota.
O PAN sublinha que "o cumprimento eficaz das funções e serviços das árvores, depende da qualidade e seriedade depositadas no planeamento e gestão da floresta urbana" e lamenta o facto de as árvores serem "encaradas como um empecilho quer pelo Governo Regional quer pela Câmara Municipal do Funchal, levando a que se encare as árvores como um objecto descartável, desagradável e sem utilidade".
"Será de suma importância deixar de olhar para as árvores urbanas como um simples e fugaz elemento decorativo. O PAN considera fundamental reconhecer a importância das árvores, ou não fossem elas que na Madeira são responsáveis por alimentar e proteger os aquíferos, as suas raízes protegem as encostas, ajudam a manter a humidade no ar, absorvem o gás carbónico, libertam oxigénio, diminuem a poluição", reforça o partido.
O PAN chama ainda a atenção para o facto de "a época das podas serem de Outubro a Fevereiro, quando as árvores estão em paragem vegetativa e que o corte de árvores só se justifica em caso de risco iminente de queda, total ou parcial, que possa causar danos em pessoas e bens".
A política ambiental da CMF, em sintonia com a do Governo Regional, acontece em sintonia com a do Bangladeche e do Brasil de Bolsonaro, mas em contraciclo com o que se passa no mundo desenvolvido", conclui.