Madeira

Aeroporto do Porto Santo como 'plano B' ao Aeroporto da Madeira "não é solução nenhuma"

Miguel Albuquerque comentava possível alternativa para mitigar efeitos dos condicionamentos do Aeroporto Cristiano Ronaldo devido ao vento

Presidente do Governo falava à margem da visita ao ginásio ‘Fitness Factory’, no Caniço
Presidente do Governo falava à margem da visita ao ginásio ‘Fitness Factory’, no Caniço, Foto Hélder Santos/Aspress

Com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a antever novos constrangimentos na operação do Aeroporto Internacional da Madeira - Cristiano Ronaldo, Miguel Albuquerque voltou a falar dos limites de vento, nomeadamente sobre a possibilidade do Aeroporto do Porto Santo poder constituir uma alterativa de aterragem em solo insular.

"Vamos ser realistas. Não é nenhuma solução. A solução é termos maior fiabilidade e maior capacidade de utilização a nossa pista", afirmou o presidente do Governo Regional aos jornalistas, à margem da inauguração do segundo ginásio da marca ‘Fitness Factory’ na Madeira, localizado no Caniço.

Albuquerque admitiu que a ideia do Porto Santo como 'plano B' "pode fazer sentido em determinadas circunstâncias, mas nunca é uma solução, porque tem custos mais elevados, tem uma parte logística muito complicada e tem também uma parte operacional complicada", sustentou.

"O que nós temos é que tecnicamente fazer um esforço para, com toda a segurança, estudarmos novamente os limites [do vento] que foram fixados em 1964", disse o presidente, renovando o pedido que fez ao ministro das Infra-estruturas, João Galamba.

Miguel Albuquerque pede a Galamba revisão dos limites de vento

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, até começou por agradecer o projecto "tão aguardado" do novo terminal do Aeroporto do Porto Santo, mas passou logo ao ataque. O primeiro alvo foi a ANA. "Queria reiterar que o Governo Regional é um interlocutor fundamental e lamento imenso que o Governo Regional não tenha sido informado de quem seria o novo director regional do Aeroporto da Madeira", disse, em alusão ao novo substituto de Roberto Santa Clara.

O líder do executivo regional voltou, portanto, a insistir na criação de um corpo técnico para adaptar os limites de vento. "O que nós temos é que tecnicamente fazer um esforço para, com toda a segurança, estudarmos novamente os limites [do vento] que foram fixados em 1964". Isto porque "se antes tínhamos três voos por dia, hoje em dia com o número de voos que temos – e temos uma ligação a 90 rotas – num dia ou dois [de paralisação] ficam 17 ou 20 mil pessoas penduradas", reforçou.

Em jeito de crítica, e sobre o arrastar da situação no Aeroporto da Madeira, acrescentou ainda que em "tudo o que dependa do Estado, andamos sempre a falar há muito tempo".