Congresso das agências de viagens e turismo portuguesas regressa a Macau em 2025
Anúncio foi feito na 11.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, na qual a Madeira está representada
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) anunciou hoje que o 50.º congresso da organização, em 2025, vai realizar-se em Macau, levando à região chinesa pelo menos 750 representantes da indústria.
O presidente da APAVT disse à Lusa que é "com muita felicidade" que o congresso irá regressar pela sexta vez a Macau, que se tornará a cidade a mais vez acolher "a maior reunião do setor turístico português".
Pedro Costa Ferreira considerou que será "um encontro de números muito felizes", uma vez que a edição de 2025 será o 50.º congresso da APAVT, no ano em que a associação celebra 75 anos de existência.
"É um grande esforço da nossa parte junto da APAVT", afirmou a diretora dos Serviços de Turismo de Macau, antes do arranque da 11.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau (MITE, na sigla em inglês).
Maria Helena de Senna Fernandes disse esperar que "quase mil representantes" da indústria do turismo viajem de Portugal para o congresso da APAVT em Macau, em 2025, enquanto Pedro Costa Ferreira previu, "no mínimo 750, 800 pessoas".
Em dezembro, no 47.º congresso da APAVT, que reuniu 750 congressistas em Ponta Delgada, São Miguel, Açores, foi anunciado que a edição deste ano vai decorrer no Porto, sendo que para a reunião de 2024 ainda não foi anunciado um local.
Depois de três edições da MITE limitadas pelas restrições à entrada em Macau impostas devido à pandemia da covid-19, Pedro Costa Ferreira disse que regressar ao território tem "uma carga emocional muito, muito boa".
A exposição conta com um pavilhão do Turismo de Portugal e um pavilhão dedicado à ilha da Madeira.
"É pela primeira vez a certeza de que estamos a mover-nos em frente e que ultrapassámos os problemas", salientou o presidente da APAVT, que tinha estado na MITE em 2019. "Sublinha o retomar das operações na sua normalidade", acrescentou.
A China foi o último grande país a abandonar, em meados de dezembro, a chamada política 'zero covid', que durante perto de três anos implicou o quase encerramento das fronteiras do país.
Pedro Costa Ferreira afirmou que a indústria portuguesa do turismo está "a começar a notar" o regresso das excursões organizadas vindas da China: "isso nós recebemos com um sorriso nos lábios, porque era o último passo que necessitávamos para podermos falar em total normalidade".
O Instituto de Pesquisa de Turismo Externo da China estimou que 40 milhões de turistas chineses vão viajar além-fronteiras na segunda metade do ano.
Em 2019, o último ano antes da pandemia, 155 milhões de chineses viajaram para o exterior, de acordo com uma análise do banco de investimento norte-americano Citigroup. No total, os turistas oriundos da China continental gastaram 255 mil milhões de dólares (236 mil milhões de euros) além-fronteiras.