Madeira

Há 25 anos a abstenção ‘ganhava’ no referendo à despenalização do aborto

Consulte connosco, neste 'Canal Memória', as edições de 1998, 1993 e 1996

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A edição de 29 de Junho de 1998 contava com uma panóplia de reportagens resultantes do referendo à despenalização do aborto até às 10 semanas, realizado a nível nacional. Na Madeira, o ‘Não’ ganhou com 76% dos votos, mas o ‘verdadeiro’ vencedor foi a abstenção, com 67,24%.

Maria Aurora, do movimento ‘Sim pela Tolerância’, ainda antes de se conhecerem os resultados, admitia que a campanha havia corrido mal, uma vez que havia uma grande taxa de abstenção, significando que a importância de se votar este assunto não tinha chegado aos cidadãos.

Já Ricardo Vieira, impulsionador do movimento ‘Solidariedade e Vida’, falava no problema jurídico que o valor da abstenção representava. “Não existindo maioria de eleitores o referendo passa a ser meramente consultivo, o que significa que a decisão cabe em exclusivo ao Presidente da República”, explicava.

Este acabou por ser um referendo consultivo e não vinculativo, mas deixou antever que as pessoas não queriam mudar o quadro legislativo em relação a esta matéria.

A reportagem realizada na Zona Oeste da Madeira dava conta de que as festas de São Pedro tinham ‘mexido’ mais do que propriamente o referendo ao aborto.

Emigrantes do Canadá ficaram sem viagens para a Madeira

Em 1993 vários emigrantes madeirenses que tencionavam passar férias na Madeira ficaram sem viagens para a ilha na sequência de uma confusão gerada por uma companhia aérea. A Air Columbus deveria realizar viagens para o Funchal, que foram vendidas pela empresa ‘Império Tours’. No entanto, chegados à ‘Hora H’, as viagens acabariam canceladas.

Os preços aliciantes tinham levado cerca de 200 madeirenses a adquirir os bilhetes. Na época, a reportagem do DIÁRIO adiantava que os preços habitualmente praticados eram superiores a 100 contos, mas que a ‘Império Tours’ tinha vendido os seus pacotes por metade desse valor.

A justificação para o cancelamento das viagens era de que a tripulação portuguesa ainda estava a ser preparada, estando em formação. No fundo, a ‘Império Tours’ colocou à venda o programa sem que a Air Columbus tivesse autorização para voar. Restava agora comprar bilhetes, mais caros, noutras companhias.

O primeiro reitor da Universidade da Madeira

“Fiquei com uma missão complicada de resolver. Vou tentar resolvê-Ia da melhor maneira. Penso que vou ter a colaboração dos meus colegas da Universidade da Madeira”. Esta foi a declaração de Castanheira da Costa, eleito o primeiro reitor da Universidade da Madeira, após saber os resultados do escrutínio.

Foi em 1996 que a UMa elegeu o seu primeiro reitor, após um processo que passou pela gestão de uma comissão instaladora.