Será necessário continuar a lutar pela existência de uma estrutura do Banco Português de Fomento na Madeira?
Na edição impressa, de hoje, do DIÁRIO, o deputado Carlos Pereira veio insistir na necessidade de o Banco Português de Fomento (BPF) ter uma presença física na Madeira. Mas será que se justifica a continuação dessa batalha?
Neste momento, o Banco Português de Fomento já tem representação física na Madeira, como ficou claro no dia 20, terça-feira da semana passada, quando da assinatura do protocolo de cooperação entre o Governo Regional da Madeira e o Banco Português de Fomento (BPF).
Nessa ocasião, foi dito por Ana Carvalho, presidente da Comissão Executiva do BPF, que, havia duas semanas, existia na Madeira uma delegação da instituição. Fica nas instalações da Lisgarante, que é acionista do Banco. A delegação conta com duas pessoas: uma dedicada à área comercial e outra à parte financeira.
Hoje, o DIÁRIO pediu à Secretaria da Finanças, o outro subscritor do protocolo, que confirmasse a existência de uma estrutura física do BPF na Região. O Governo nem só confirmou a existência da estrutura, como precisou onde se situa: Avenida Arriaga, 42 B Edifício Arriaga, 4ª andar. Um espaço visitado pelo Governo regional e pelos responsáveis pelo Banco.
A Secretaria das Finanças acrescenta que a delegação, nem só está a funcionar, como já procedeu a vários atendimentos.
Perante esta realidade, questionámos o deputado eleito do PS eleito pelo círculo da Madeira, por que razão insistia no pedido da presença física.
Carlos Pereira manifestou-se satisfeito por já haver a estrutura em causa, que desconhecia nos termos descritos. No entanto, deixa claro que a sua proposta é diferente e tem um objectivo mais vasto.
O deputado diz defender a existência de um espaço físico próprio, um balcão, com imagem e visibilidade e uma estrutura de quadro próprio na Região. A ideia é dar visibilidade à instituição. Neste momento, afirma convicto que, se questionados os empresários, a esmagadora maioria dirá desconhecer a existência do BPF na Região.
É por essa e por uma outra razão que, na sua perspectiva, se justifica continuar a trabalhar por uma estrutura do BPF na Madeira, que vá além do que já existe. A outra razão é o potenciar a existência de planos estratégicos próprios da Região, que possam ir além da aplicação, na Madeira, dos planos nacionais.
Carlos Pereira tem informação do Ministério da Economia, datada na semana passada, em que o ministro manifesta a disponibilidade de viabilizar uma estrutura física própria do BPF na Madeira. Também por essa razão, o deputado do PS entende que é possível e desejável ir mais além do que já foi conseguido.