Onda de calor ‘arrasta’ muita gente para o areal do Porto Santo
Bandeira-amarela não demove banhistas de ir a banhos na Ilha Dourada
Nem o facto de a bandeira amarela estar içada em alguns pontos vigiados por nadadores-salvadores demoveu os milhares que se encontram no Porto Santo a queimar os últimos cartuchos das mini-férias e do São João.
Com a temperatura a rondar os 27ºC e sob aviso amarelo devido à persistência de valores muito elevados da temperatura máxima, Eduardo Pinto é um dos profissionais que assegura a vigilância na praia das Fontinhas, uma das maios concorridas da Ilha Dourada. O jovem nadador-salvador, de 30 anos, deixou alguns conselhos.
Mantenham-se hidratadas, coloquem-se à sombra e não se esqueçam do protector solar. Eduardo Pinto, nadador-salvador
Além destas sugestões, Eduardo foi questionado se existem muitos banhistas a colocar guarda-sol. “Depende. Se as pessoas vêm com crianças têm tendência para trazer ou então alugam, mas ainda assim, e como pode ver, ainda há muita gente sem guarda-sol”, menciona.
Quanto aos tipos de casos que têm merecido a intervenção dos nadadores-salvadores, o calor até nem provoca “muitos casos de insolações”. O que tem acontecido mais no Porto Santo “são as picadas do peixe-aranha, principalmente quando a maré está a encher e a areia está quente”.
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“As pessoas normalmente não vêm, colocam o pé em cima e são picadas. Tem havido um ou dois casos dia sim, dia não. À volta disso”, explicou, considerando ser “mais desafiante” vigiar a praia com tanta gente, “mas é interessante, porque sempre tem “alguma coisa para fazer”.
Quanto à própria acessibilidade, Eduardo Pinto destacou o facto de, na praia das Fontinhas, haver um espaço reservado para pessoas com pouca mobilidade ou necessidades especiais.
“Têm direito a espreguiçadeiras e guarda-sol, de forma gratuita, e também fazemos o transporte dessas pessoas para a água, porque temos agora duas cadeiras especiais, mas sempre dependendo das condições. Hoje não é o dia ideal”, atirou, olhando para a bandeira-amarela.
Muitas vezes quando colocamos a bandeira amarela é, sobretudo, para chamar à atenção dos banhistas. Quer para as correntes, quer para as ondas. A regra diz que a bandeira amarela, supostamente, é só para banhos, mas às vezes deixamos as pessoas avançarem mais um pedacinho ou menos um pedacinho. Tem zonas que temos de ter mais cuidado, como aquele pontão, que nos cria às vezes algumas situações. Eduardo Pinto, nadador-salvador