Mundo

Uma lusodescendente entre os 14 candidatos inscritos nas primárias da oposição venezuelana

Glória Pinho.
Glória Pinho.

As eleições primárias da oposição venezuelana, em que a 22 de outubro será escolhido o candidato que disputará as presidenciais de 2024 contra Nicolás Maduro, contam com 14 candidatos inscritos, segundo a comissão eleitoral.

A Comissão Nacional de Primárias (CNP) revelou hoje que vai agora analisar os documentos dos candidatos para, a partir de segunda-feira, confirmar quais as candidaturas admitidas, depois de no sábado ter terminado o período para inscrições. Após publicação da listagem das candidaturas admitidas e não admitidas, começará o prazo de 72 horas para apresentação das impugnações e defesa, disse o presidente do CNP, Jesus Maria Casal, aos jornalistas. A este prazo seguir-se-ão 10 dias para apresentar provas e argumentos em relação à decisão da CNP, adiantou.

O lote de inscritos inclui Andrés Caleca, Andrés Velázquez, Carlos Prosperi, César Pérez Vivas, César Almeida, Delsa Solórzano, Freddy Superlano, Glória Pinho (luso-descendente, independente), Enrique Capriles Radonski, José Hernández, Luis Farías, María Corina Machado, Roberto Enriquez e Tamara Adrián. Jesus Maria Casal explicou ainda que 40.000 venezuelanos se recensearam e atualizaram os dados e moradas, pela internet, para poderem votar no estrangeiro.

O comediante e empresário venezuelano Benjamin Rausseo, que inicialmente tinha anunciado que seria candidato às primárias opositoras, tomou a decisão pessoal de não apresentar a sua candidatura, adiantou a mesma fonte. Entretanto, Rausseo anunciou que participará diretamente nas presidenciais de 2024.

Os políticos que apresentaram as suas candidaturas representam os partidos Ação Democrática, Primeiro Justiça, Movimento pela Venezuela, Vente Venezuela (Vem Venezuela), Vontade Popular, Encontro Cidadão, Concertação Cidadã, Um Novo Tempo, Causa R (Radical), Unidos pela Dignidade, Partido Cristão Copei e Partido do Centro Democrático.  As primárias terão lugar sem a participação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), apesar de a CNP ter solicitado inicialmente o apoio técnico daquele organismo.

Em 15 de junho, a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou a criação de uma comissão preliminar para renovar as autoridades eleitorais, na sequência da demissão dos dirigentes do CNE. A decisão foi aprovada por maioria qualificada e a comissão preliminar integra, entre outros, a deputada lusodescendente Desiré Santos Amaral e a mulher do Presidente venezuelano, Cília Flores.