China e Coreia do Norte manifestam apoio a Moscovo após rebelião
A China manifestou hoje apoio ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, após a rebelião do grupo paramilitar Wagner, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
"O lado chinês manifestou apoio aos esforços dos líderes da Federação Russa para normalizar a situação no país face aos eventos de 24 de junho [sábado]", dia marcado pela insurreição, indicou a diplomacia russa em comunicado.
A declaração da China surge depois de o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Andrei Rudenko, ter sido recebido pelo chefe da diplomacia chinesa, Gin Gang, em Pequim.
Durante o encontro, o governo liderado por Xi Jinping também "reafirmou o interesse em fortalecer a unidade e prosperidade da Rússia".
Pequim indicou que Qin Gang e Rudenko falaram ainda sobre as "relações sino-russas e questões internacionais e regionais de interesse comum".
Estes contactos diplomáticos entre Pequim e Moscovo ocorrem num momento em que a Rússia se encontra abalada pela breve rebelião do grupo paramilitar Wagner, que se apoderou de várias instalações militares no sul do país.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.
Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
A Coreia do Norte tmbém manifestou total apoio à Rússia após a rebelião do grupo paramilitar Wagner, segundo noticiou hoje a imprensa estatal local.
Numa reunião com o embaixador russo em Pyongyang, Alexander Matsegora, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Im Chon Il, "expressou a sua firme convicção de que a recente rebelião armada na Rússia será reprimida com sucesso", reportou a agência de notícias norte-coreana KCNA.
Segundo a KCNA, Im Chon Il disse que "o exército e o povo russos superarão, certamente, as dificuldades e sairão heroicamente vitoriosos da operação militar especial contra a Ucrânia".
Para Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha, em Seul, citado pela agência francesa AFP, a invasão da Ucrânia por Vladimir Putin ameaça a "estabilidade do Estado russo".
"Haverá implicações para o bloco Rússia-China-Coreia do Norte e as autoridades de Pequim e Pyongyang estão, sem dúvida, a tomar notas para evitar repetir os erros de Moscovo", acrescentou.
A Coreia do Norte qualificou o conflito de "guerra por procuração" dos EUA, com o objetivo de destruir a Rússia, e condenou a ajuda militar ocidental a Kiev.
Enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia há muito que tem vindo a vetar novas sanções contra a Coreia do Norte devido ao seu programa nuclear e repetidos lançamentos de mísseis.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.
Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.