Eleições na Grécia é um dos temas que faz notícia hoje no mundo
A Grécia realiza hoje as segundas eleições gerais no espaço de um mês, marcadas pela questão das migrações após o recente naufrágio no mar Jónico, mas também pelo desemprego e pelo défice comercial.
O naufrágio foi um dos mais trágicos desastres migratórios no Mediterrâneo, com apenas uma centena de sobreviventes encontrados depois de se virar um barco em que seguiriam cerca de 750 pessoas, e gerou um clima de alta tensão entre os dois principais candidatos a uma vitória nas eleições legislativas do próximo domingo: o conservador Kyriakos Mitsotakis e o progressista Alexis Tsipras.
Tsipras - ex-chefe de Governo e líder do partido de oposição Syriza -- não escondeu as suas dúvidas quanto à versão da Guarda Costeira sobre o naufrágio e criticou duramente a política migratória de Mitsotakis, acusando-o de não tratar o resgate das vítimas como uma "prioridade absoluta".
Segundo as mais recentes sondagens, o partido da Nova Democracia (ND) de Mitsotakis deverá obter 41% dos votos, ficando mais de 20 pontos à frente do Syriza, que deverá ficar pelos 20%.
As percentagens de intenção de voto são quase idênticas às obtidas pelos partidos nas eleições legislativas de 21 de maio, embora desta vez o líder conservador apenas precise de 39% para obter a maioria absoluta no Parlamento de 300 lugares.
Hoje, também é notícia:
CULTURA
A Casa da Arquitetura, em Matosinhos, celebra hoje o 90.º aniversário do arquiteto Álvaro Siza com a exibição de "Siza", um documentário sobre o lado mais pessoal do primeiro Prémio Pritzker português.
Do realizador Augusto Custódio, o documentário é, segundo a sua descrição, "uma viagem à mente do arquiteto português, mostrando o seu lado mais pessoal", desde a sua infância, à relação com a mulher, a artista Maria Antónia Siza (1940-1973), assim como a paixão como escultor e o gosto pela música erudita.
O documentário tem a duração de uma hora e conta com participação de amigos e pessoas próximas do arquiteto, entre os quais Álvaro Leite Siza, Carlos Castanheira, Henrique Siza, Nuno Ladeiro, Nuno Sampaio, Pedro Siza, Eduardo Souto de Moura e Tereza Siza. Iniciado há dois anos, e legendado em inglês, o documentário implicou 300 horas de filmagem, 50 dias de gravações e cerca de 40 entrevistas em todo o país.
O contrato para doação à Casa da Arquitetura de materiais associados à produção do filme, como fotografias, vídeos de entrevistas e apontamentos, também será assinado hoje.
A entrada para a exibição do documentário é gratuita e por ordem de chegada até ao limite da lotação da sala. A sessão encerra com um concerto da Orquestra Jazz de Matosinhos .
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Mais de uma centena de escritores norte-americanos participam este ano no programa literário Disquiet, que arranca hoje, em Lisboa, a que se juntarão vários autores de língua portuguesa, em sessões de debate e oficinas.
De acordo com o Centro Nacional de Cultura (CNC), promotor da iniciativa, em parceria com a editora independente norte-americana Dzanc Books, a 11.ª edição do Disquiet - Programa Literário Internacional vai decorrer até ao dia 07 de julho, em vários espaços da cidade de Lisboa.
Este ano, o evento, que acontece desde 2011, contará com a participação dos escritores Rui Cardoso Martins, Gisela Casimiro, Ana Paula Tavares, José Gardeazabal, Susana Moreira Marques, Margarida Vale de Gato, Jacinto Lucas Pires, Afonso Cruz, João Tordo, Teolinda Gersão, Alice Neto de Sousa e José Luís Peixoto, além do fotojornalista António Pedrosa.
Os autores lusófonos vão partilhar as suas sessões com escritores norte-americanos, entre os quais Nana Kwame Adjei-Brenyah, Abigail Chabitnoy, Young Smith, Lili Loofbourow, Erica Dawson, Mikael Awake, Chang Era Lee, Megan Fernandes, Deanne Fitzmaurice, Chris Arnold, Jessica Anthony, Timothy Liu e Juan Martinez.
DESPORTO
A seleção de atletismo portuguesa vai procurar assegurar hoje a permanência na primeira divisão europeia, num dia em que se estreiam nos Jogos Europeus as provas de esgrima, râguebi sevens, ciclismo BTT, muay thai e boxe, com participação lusa.
No terceiro e último dia de competição, reservado para as derradeiras 12 provas, Portugal está quatro lugares acima da zona de despromoção da primeira divisão do atletismo continental, procurando solidificar o estatuto entre a elite, destacando-se individualmente Arialis Martinez (200 metros), Marta Pen (1.500 metros) e Francisco Belo (lançamento do peso).
No ténis de mesa, Marcos Freitas, Fu Yu e Shao Jieni têm a responsabilidade de manter o estatuto que a modalidade alcançou em Portugal em Jogos Europeus, nos quais soma, no historial, dois ouros e um bronze, com as partidas dos oitavos de final em singulares.
Portugal pode somar hoje uma medalha no padel, com Afonso Fazendeiro e Miguel Oliveira a jogarem pela medalha de bronze na praça principal de Cracóvia, se o tempo permitir e não alterar, como em dias anteriores, o local de competição.
O dia marca ainda a estreia de cinco modalidades, nomeadamente esgrima, râguebi sevens, ciclismo BTT, muay thai e boxe.
INTERNACIONAL
Mais de 9,3 milhões de eleitores guatemaltecos são hoje chamados às urnas para eleger o Presidente, o vice-Presidente, deputados para o Congresso e parlamento e várias centenas de autarcas para o período 2024-2028.
Uma vez que não há reeleição presidencial na Guatemala, o atual chefe de Estado, Alejandro Giammattei, não está entre os 22 candidatos nesta corrida eleitoral, que se dividem, de forma geral em duas posições ideológicas: 19 à direita e três à esquerda.
As sondagens mais recentes indicam que os três principais candidatos ao cargo, de quatro anos, são a ex-primeira-dama Sandra Torres, do partido social-democrata Unidade Nacional da Esperança (UNE), Zury Ríos Sosa, pelo partido de direita Valor, e o diplomata Edmond Mulet, do partido de direita Cabal.
Estes candidatos estão no lado mais conservador do espetro político e durante a campanha eleitoral prometeram medidas para fortalecer a segurança pública. Os três assumiram também o compromisso de manter as rígidas leis antiaborto na Guatemala, promover os valores conservadores, os valores da família, e lutar contra o reconhecimento das comunidades LGBTQIA+.
POLÍTICA
O primeiro-ministro abre hoje no Funchal as jornadas parlamentares do PS, que se destinam a preparar o debate sobre o estado da nação, em 19 de julho, e as eleições regionais da Madeira em setembro ou outubro.
Além de António Costa, nas jornadas parlamentares do PS, que se prolongam até terça-feira, vão estar presentes os ministros da Economia, António Costa Silva, do Trabalho e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, bem como o ex-secretário-geral da UGT Carlos Silva.
"Com estas jornadas parlamentares, também estaremos em fase de lançamento de uma avaliação sobre o estado da nação. Durante este mês, teremos um conjunto de atividades que chegarão até ao debate sobre o estado da nação", declarou aos jornalistas o líder da bancada socialista, Eurico Brilhante Dias.
Até ao final da presente sessão legislativa, Eurico Brilhante Dias referiu que o objetivo da sua bancada passará por "vincar os aspetos que levaram a que este ano a economia portuguesa crescesse, o emprego aumentasse e o desemprego baixasse, com as exportações a atingirem nível recorde, o mesmo se passando com o investimento direto estrangeiro".