“A César o que é de César”
Estou num momento da minha vida em que não sinto necessidade de tentar cativar ou impressionar quem quer que seja.
Não aprecio simpatia forçada e penso que nunca darei para esse peditório.
Acho que só merece respeito quem se respeita a si próprio e disso eu não abdico.
Escrevinho alguns rabiscos de forma livre, simples, sem a pretensão de ensinar nada a ninguém. Porque é assim que eu sou.
Eu é que aprendo todos os dias.
Ninguém é obrigado a ler o que escrevo e, menos ainda, subscrevê-lo. Seria muita presunção da minha parte pensar sequer em tamanho desplante.
Sei, porém, que não sou a “única ao olhar o céu” no caso, à minha volta, observo objectivamente e, com seriedade e correcção tiro ilações, que publico de vez em quando .
Não gosto, nunca gostei que "me comam as papas na cabeça" e não me peçam que me faça de cega, surda e muda porque não sou capaz.
Também não sou mestre, nem sequer aprendiz, na arte de bajular.
Não digo tudo o que penso, porque não posso, mas penso muito naquilo que digo/escrevo sem propósito de ofender gratuitamente quem quer que seja.
Não posso impedir que leiam o que publico e não posso assumir culpa de um delito que não cometi. Eventualmente, se alguém se identifica com o que lê, é sinal de que não estou tão distante da verdade/realidade. Aliás, atitudes pouco abonatórias em figuras públicas, reveladas por actos ou omissões, são a prova factual do que realmente acontece. Acho lamentável que ainda não se tenha adquirido maturidade democrática suficiente para discernir o trigo do joio.
Esse é um ónus que não carrego.
Enquanto estiver na posse das minhas faculdades mentais, espero poder continuar a exercer a minha cidadania, da melhor forma que sei, com lucidez, serenidade e bom senso.
Eu sou imperfeita. Muito.
Não tenho responsabilidades públicas.
E sou livre.
Madalena Castro