Seria uma "tragédia" rever limites de vento na Madeira com base em "decisão política"
Foi a resposta do ministro das Infra-estruturas ao pedido que Miguel Albuquerque acabou por fazer, olhos nos olhos, durante a apresentação do novo terminal do Aeroporto do Porto Santo
João Galamba justificou o porquê de ainda não terem sido revistos os limites de vento no Aeroporto da Madeira com base na segurança.
Depois de confrontado pelo presidente do Governo Regional durante a apresentação do novo terminal do Aeroporto do Porto Santo, o ministro das Infra-estruturas admite que seria "uma tragédia" rever a questão apenas tendo por base uma "decisão política".
A segurança é um dos principais activos da actividade aeronáutica e qualquer passo nesta matéria tem de ser dado com toda a segurança técnica. Obviamente aqui o Governo da República e todas as autoridades partilham os objectivos dos madeirenses, que é garantir um melhor funcionamento e uma melhor capacidade operacional do aeroporto, mas sabemos também que uma decisão destas nunca poderá ser uma decisão política. Seria uma tragédia para a Madeira e seria uma tragédia para o turismo da Madeira se alguém suspeitasse que se trata de uma decisão política, portanto, todos estes passos têm de ser dados com rigor e fiabilidade técnica. João Galamba
Miguel Albuquerque pede a Galamba revisão dos limites de vento
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, até começou por agradecer o projecto "tão aguardado" do novo terminal do Aeroporto do Porto Santo, mas passou logo ao ataque. O primeiro alvo foi a ANA. "Queria reiterar que o Governo Regional é um interlocutor fundamental e lamento imenso que o Governo Regional não tenha sido informado de quem seria o novo director regional do Aeroporto da Madeira", disse, em alusão ao novo substituto de Roberto Santa Clara.
"Devemos isso aos madeirenses e devemos isso a todos os utilizadores de aeroportos, quer quem cá viver, quer quem quer visitar a Região. Dito isto (...) temos toda a disponibilidade para discutir com o Governo Regional da Madeira e com as autoridades competentes as questões aqui suscitadas, mas não seria positivo se alguém suspeitasse que decisões desta importância, e repito, onde a segurança é porventura o maior activo do negócio aeronáutico", vincou o governante.