Economia da Madeira "estava na mão de meia-dúzia"
Miguel Albuquerque recordou que os madeirenses e porto-santenses "tinham a sua vida determinada pelo lugar onde nasciam ou pela classe social"
Miguel Albuquerque reflectiu, esta manhã, sobre a evolução da Região desde 1976. Por ocasião do seu discurso na sessão solene do Dia do Concelho do Porto Santo, o presidente do Governo Regional lembrou que no pós-revolução "a Madeira era uma sociedade cuja economia estava na mão de meia-dúzia e as pessoas tinham a sua vida determinada pelo lugar onde nasciam ou pela classe social".
"Não tiveram a oportunidade de singrar na vida, porque estavam vedados à partida pela família onde nasciam. E isso acabou. Foi demolido", vincou.
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O chefe do executivo madeirense abordava a evolução da educação, tendo em conta que "um dos grandes objectivos da Madeira é munir as novas gerações" de melhor ensino. Por isso, agradeceu aos professores, assistentes operacionais, e lembrou que um dos investimentos mais importantes na Ilha Dourada prendue-se com "a reabilitação da escola", que hoje é um estabelecimento de ensino "de excelência".
O Porto Santo deu, desde a conquista da autonomia, passos gigantescos, porque o progresso é mensurável. Quem conheceu esta ilha como eu conhecia nos anos 60 fica abismado no que se conseguiu no espaço de duas gerações e, nesse sentido, queria dizer que o nosso objectivo é continuar a trabalhar no sentido de garantir às novas gerações qualidade de vida. Miguel Albuquerque
Miguel Albuquerque que abordou ainda o 'boom' turístico da ilha. "O Porto Santo tem o problema de dupla insularidade, mas tem uma vantagem de ser uma ilha singular, com um ecossistema frágil, mas um ecossistema fantástico, não há outro no Mundo. O que transforma esta ilha, no Mundo moderno, com um grande potencial de atracção e esse potencial é uma das grandes vantagens competitivas da ilha, mas tem de ser tratado com grande cuidado, para nunca massificarmos o Porto Santo".
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Foi enquanto elogiava a postura de Miguel Albuquerque para com a ilha que o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Nuno Batista, garantiu que o Município só reivindica "com clareza e substância", provando que é "merecedor" e que quer "conquistar o futuro".
"Acho que a forma inteligente como o Porto Santo e os seus representantes eleitos têm gerido essa atractividade tem sido benéfica para mantermos este ecossistema frágil com todas as condições e esta beleza única, que a transforma numa ilha de sonho para quem nos visita", sublinhou.