Paulo Macedo avisa que Madeira corre alguns riscos com um sistema fiscal próprio
O presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, alertou, esta tarde, no Funchal, que a proposta do antigo vice-presidente do Governo Regional Miguel de Sousa de implementação de um sistema fiscal próprio na Madeira comporta riscos, designadamente o de não se obter as receitas necessárias para garantir os serviços públicos prestados à população.
Paulo Macedo considera “importante” que se debata “a possibilidade de aprofundar a autonomia” mas diz que também “é preciso perceber como se baixam os impostos e se continua a dar serviços de qualidade e mais amplos” à população. “É preciso que essa baixa fiscalidade represente mais receita”, completou.
O responsável da CGD foi um dos intervenientes no painel sobre ‘Competitividade da Economia da Madeira’ do II Fórum Económico Internacional, que decorre esta sexta-feira, no Teatro Municipal Baltazar Dias, numa iniciativa do Instituto do Mundo Lusófono. No entanto, Paulo Macedo não se estendeu em comentários sobre este tema. Por exemplo, sobre o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) disse que “a partir da altura que foi autorizado, deve ser maximizado”, embora admita que há questões em aberto sobre a comunicação e utilização daquele instrumento de atracção de investimento. Por outro lado, destacou o potencial que a Madeira tem na área da economia azul, mais especificamente na actividade da aquacultura, e elogiou a qualidade da hotelaria regional, da qual se confessou “fã”.
Por fim, Paulo Macedo apontou a Madeira como exemplo na inovação e resiliência, de que “deu mostras na pandemia”.