Madeira

Navio onde foram detidos dois cidadãos clandestinos está registado na Madeira

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Foto Pedro Amaral/shipspotting.com

O navio mercante 'Vestvind', onde dois cidadãos clandestinos foram detidos, na madrugada desta sexta-feira, 23 de Junho, ao largo da Costa do Algarve, está registado na Madeira, de acordo com a plataforma MarineTraffic, que fornece informações em tempo real sobre os movimentos dos navios e a localização actual dos navios em portos.

Detidos dois clandestinos a bordo de navio mercante português ao largo do Algarve

Duas pessoas indocumentadas, que entraram clandestinamente na Turquia a bordo do navio mercante "Vestwind", com bandeira portuguesa, foram detidas ao largo da costa do Algarve, acusadas de atentado à segurança, ameaça agravada ou permanência ilegal, foi ontem divulgado.

De acordo com o comunicado da Autoridade Marítima Nacional remetido às redacções, um navio da Marinha Portuguesa e o Grupo de Acções Táticas da Polícia Marítima, da Autoridade Marítima Nacional, em articulação com a Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária, lançaram uma operação de abordagem à embarcação com bandeira portuguesa e procederam à detenção de dois indivíduos que clandestinamente haviam entrado a bordo.

"Esta a acção conjunta foi desencadeada na sequência de um pedido de socorro do capitão do navio, o qual, juntamente com a restante tripulação, estavam a ser vítimas de ameaças graves contra as suas vidas e contra a segurança da embarcação", explica a mesma nota.

Os detidos, que se encontravam indocumentados, têm respectivamente com 23 e 24 anos de idade e entraram no navio no passado dia 8 de Junho, no Porto de Izmir, na Turquia, detalha a Autoridade Marítima Nacional, referindo ainda que "desde que foram detectados, [os suspeitos] demonstraram uma atitude não colaborante com a autoridade do navio, passando a assumir comportamentos ameaçadores contra a tripulação.

No percurso marítimo entre a Turquia e as águas territoriais portuguesas, o comandante do navio solicitou sucessivos pedidos de apoio e assistência, para proceder ao desembarque dos dois clandestinos, diligências que, apesar de insistentes não obtiveram acolhimento, de diferentes países.

"A acção conjunta e coordenada com a Autoridade Marítima Nacional, permitiu que a Polícia Judiciária realizasse um vasto conjunto de actos de recolha de prova na embarcação em referência, fundamentando a indiciação da prática de crimes de atentado à segurança de transporte por água, introdução ilegal em lugar vedado ao público, ameaça agravada e permanência ilegal, em território nacional", acrescenta a nota.

Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de medidas de coação, tidas por conveniente, junto do Tribunal de Instrução Criminal de Faro.