Burkina Faso diz que algumas ONG no país "alimentam o terrorismo"
O primeiro-ministro do Burkina Faso, Apollinaire Joachimson Kyélèm de Tambèla, disse ontem , durante uma reunião com a Oxfam, que algumas organizações não-governamentais (ONG) que operam neste país africano estão a "alimentar o terrorismo".
"Observámos que algumas ONG foram infiltradas por agências de serviços secretos ocidentais, e algumas ONG inclusivamente alimentam o terrorismo, ninguém pode dizer que não quer ajuda, mas não queremos uma vida envenenada", disse Tambèla, num comunicado citado pela agência Efe.
O gabinete de imprensa do governante anunciou que na quarta-feira o chefe do executivo concedeu uma audiência a uma delegação da ONG Oxfam, encabeça por Amitabh Behar.
"Saliento que esta crise está a ser ignorada, não se fala o suficiente dela, os meios de comunicação internacionais não a abordam o suficiente, e estou aqui para que juntos encontremos uma maneira de ajudar o Burkina Faso", disse Behar.
O Burkina Faso sofre frequentes atentados terroristas desde abril de 2015, cometidos por grupos ligados tanto à Al-Qaida como ao extremista Estado Islâmico, sobretudo no norte do país, e enfrenta uma situação humanitária muito grave.