Quem paga, manda
Se a estratégia é “profissionalizar”, no Marítimo não há lugares para amadores
Boa noite!
Em conversa amena no renovado ‘Onda Azul’, entre inovações gastronómicas e dissertações sobre as subtilezas da inteligência artificial, por muito básica que seja em alguns domínios do saber, depressa concluímos que o Marítimo, para além de ter descido de divisão, bateu no fundo.
A menos que haja um benemérito desinteressado, da casta daqueles que por compaixão ou amor inexplicável, não se importa de desterrar milhões de euros na incerteza, o Marítimo difícil conjugará a necessidade de atrair investimento redentor com a teimosia incompreensível dos perdedores. E entre estes estão os que ainda não perceberam que são problema mesmo que acenem com uma alegada solução, os que fingem estar de pedra e cal mesmo que sejam fortemente empurrados para a porta dos fundos, também conhecida por saída de emergência, e os que dificilmente entendem que quem paga, manda.
De planos estratégicos, que têm tanto de urgente, como de mal amanhados, está farta grande parte da massa associativa, mesmo antes de engolir sem mastigar. De promessas profissionalizantes de estruturas ocupadas pelo amadorismo atrevido estão escaldados os “endiabrados campeões das ilhas”, já que recentemente, em tempo de campanha, ouviram propostas do mesmo teor que tiveram o desfecho sofrido de todos conhecido. De ameaças e chantagens com hipotéticos vazios directivos estão vacinados os que tendo alternativas aos modelos de gestão obsoletos são confrontados com ocupações indevidas dos lugares de decisão soberana ou mordem a língua para não serem deselegantes com quem conhecem desde o berço, mas a quem não emprestam nem mais um cêntimo.
Só que não há consultoria por encomenda que valha a quem tenta por todos os meios impedir a urgente "profissionalização” da estrutura empresarial maritimista, nomeadamente a SAD. Se a conclusão é tão óbvia para quê então perder mais tempo com assembleias gerais de apupo previsível e de choro reincidente?