'Drone' israelita atinge veículo na Cisjordânia e mata 3 membros de "célula terrorista"
Três membros de uma "célula terrorista" foram abatidos esta quarta-feira à noite na sequência de um ataque de 'drone' israelita contra uma viatura no norte da Cisjordânia ocupada, divulgou o Exército de Israel.
Esta é a primeira ação deste género realizada pelo Exército israelita na Cisjordânia desde 2005 e o fim da Segunda Intifada, realçou à agência France-Presse (AFP) fonte dos serviços de inteligência palestinianos.
"Os soldados identificaram uma célula terrorista dentro de um veículo suspeito depois dos elementos dentro da viatura terem efetuado disparos" perto de Jalamah, explicou o Exército israelita em comunicado.
"Um 'drone' disparou contra a célula e neutralizou-a", realçou ainda o comunicado.
O ataque matou três pessoas, de acordo com um porta-voz do Exército.
Kamal Abou Al-Roub, vice-governador de Jenin, no norte da Cisjordânia, adiantou à AFP que havia "três corpos" no interior do carro, referindo que este foi atingido por mísseis.
Localizada na província de Jenin, Jalamah é uma localidade muito próxima da linha de demarcação entre Israel e a Cisjordânia, território ocupado pelo Exército israelita desde 1967.
Na noite de terça-feira, 34 palestinianos ficaram feridos e pelo menos 140 carros foram queimados por colonos israelitas na cidade palestiniana de Huwara, no norte da Cisjordânia ocupada.
Este ataque dos colonos aconteceu após os militares israelitas terem mobilizado forças adicionais na Cisjordânia ocupada e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter anunciado planos para construir 1.000 novas casas para colonos em resposta ao atentado a um colonato na terça-feira.
O Exército de Israel anunciou esta quarta-feira a detenção de três suspeitos durante uma operação em Urif, na Cisjordânia ocupada, onde residiam indivíduos alegadamente envolvidos no ataque de terça-feira. Este atentado, contra um restaurante e um posto de abastecimento de combustível perto do colonato de Eli, foi atribuído por Israel a membros do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica).
No ataque morreram quatro cidadãos israelitas, entre os quais um jovem de 17 anos de idade.
O ataque ao colonato israelita ocorreu um dia depois de uma operação militar de Israel na cidade de Jenin, na Cisjordânia, que resultou na morte de sete cidadãos palestinianos, incluindo dois adolescentes de 15 anos de idade, e provocou ferimentos em mais de 90 pessoas.
A Cisjordânia ocupada vive um momento de alta tensão e violência, com 137 palestinianos mortos desde o início do ano - incluindo 23 menores - a maioria dos quais em confrontos armados com tropas israelitas, que intensificaram as suas ações.