O encontro com o Presidente da República, no âmbito da auscultação aos partidos sobre a data para a realização das Eleições Legislativas Regionais, serviu de pretexto para o PS-Madeira voltar a afirmar-se como alternativa de governo e às políticas com mais de 40 anos do PSD-Madeira. 

Sérgio Gonçalves, líder do partido, acompanhado do vice-presidente, Miguel Iglésias, do secretário-geral, Gonçalo Aguiar, e do líder parlamentar e director de campanha, Rui Caetano, disse ser PS-Madeira a única força política capaz de a concretizar essa mudança governativa. 

“A Madeira está cansada de um governo que está no poder há quase 50 anos, que atropela diariamente a liberdade e a democracia e que se mantém de costas voltadas para os madeirenses”, referiu, salientando que o partido anda há meses na rua a ouvir as preocupações das pessoas e assegurando que estas “podem confiar” no projecto socialista, reafirmando ser o único partido com soluções adequadas ao momento que se vive.

Dizendo-se apreensivo com as dificuldades por que passam muitos madeirenses, Sérgio Gonçalves, prometeu, caso o PS venha a ser governo, uma aposta em medidas que permitam aumentar os rendimentos das famílias, nomeadamente através da descida dos impostos em 30%, por via da aplicação do diferencial fiscal nas taxas do IVA e em todos os escalões do IRS. 

Outra das áreas 'chave' para o PS-Madeira é a Saúde. O presidente dos socialistas garantiu, nesse âmbito, ter uma solução para resolver o problema das listas de espera. “Ao contrário do que faz o Governo Regional, não faremos um apagão nas listas. Iremos implementar os tempos máximos de resposta garantidos para resolver os problemas dos utentes, mas assegurando total transparência e não omitindo informação, como faz o Executivo”, afirmou. 

A habitação é outras das preocupações de Sérgio Gonçalves, bem como a diversificação da economia, apontando a criação de mais e melhores empregos com vista à fixação dos jovens. “Nos últimos 10 anos, cerca de 17 mil pessoas foram obrigadas a sair por não terem futuro na Madeira e é urgente inverter esta realidade”, sublinhou, frisando que “só com mais saúde, mais habitação, mais educação e mais rendimentos é que faremos da Madeira uma terra de oportunidades”.

Quanto à data das eleições legislativas regionais, o PS-Madeira disse não ter nada a opor à data de 24 de Setembro, para a realização do acto eleitoral.