Filho do Presidente dos EUA chega a acordo judicial para evitar pena de prisão
O filho do Presidente dos EUA, Joe Biden, Hunter, chegou a um acordo com procuradores pelas acusações de não ter pagado imposto de renda federal e de possuir ilegalmente uma arma, declarando-se culpado de crimes fiscais.
Hunter Biden vai declarar-se culpado de contravenções fiscais como parte do acordo hoje tornado público e que o poupará da acusação de porte ilegal de arma de fogo como utilizador de drogas, se cumprir as condições estabelecidas pelos procuradores.
O acordo encerra uma longa investigação do Departamento de Justiça norte-americano sobre o segundo filho do Presidente Biden, Hunter, que admitiu ter lutado contra o viciamento em drogas após a morte do seu irmão Beau Biden em 2015.
O acordo também evita um julgamento que teria gerado semanas de discussão e notícias embaraçosas para uma Casa Branca que tem procurado manter distância do Departamento de Justiça.
Neste cenário, o Departamento de Justiça deverá recomendar a liberdade condicional por causa das acusações fiscais, o que significa que Hunter Biden não enfrentará uma pena de prisão efetiva.
Christopher Clark, advogado de Hunter Biden, disse em comunicado que dá o processo de investigação como terminado.
"Eu sei que Hunter acredita que é importante assumir a responsabilidade pelos erros que cometeu durante um período de turbulência e vício na sua vida. Ele está agora desejoso de seguir em frente", disse Clark.
A notícia deste acordo chega quando os Republicanos no Congresso iniciam investigações sobre vários negócios de Hunter Biden, dentro e fora de fronteiras.
A Casa Branca já reagiu à notícia do acordo judicial, mostrando a solidariedade dos pais.
"O Presidente e a primeira-dama amam o seu filho e apoiam-no enquanto ele continua a reconstruir a sua vida", disse a Casa Branca num comunicado.
A acusação de posse ilegal de arma conclui que Hunter Biden tinha em seu poder uma pistola Colt Cobra 38, apesar de ter consciência de que era utilizador de drogas, em outubro de 2018.
Este crime implicava uma pena máxima de até 10 anos de prisão, mas o Departamento de Justiça disse que Hunter Biden tinha chegado a um acordo extrajudicial sobre a acusação.
Os crimes de contravenção fiscal dos quais Hunter Biden se declarará culpado são muito mais limitados do que as alegações que lhe são imputadas pelos Republicanos no Congresso, que continuará a investigar pagamentos suspeitos a empresas estrangeiras.
A investigação do Departamento de Justiça começou em dezembro de 2020, um mês após a eleição presidencial, quando Hunter Biden revelou que tinha recebido uma intimação como parte do escrutínio sobre os seus impostos.
A intimação referia-se a informações sobre os negócios de Hunter Biden com várias empresas e organizações, incluindo a Burisma, uma empresa de gás da Ucrânia, de cujo conselho de administração ele fazia parte.