Barramento no Qatar sem razão
No ano 2017 ia passar uns dias à Nova Zelândia com passagem de ida e volta, que comprei na Agência de Viagens STA, Aberdeen Escócia.
Com paragem obrigatória no Qatar, estive 17 horas para embarcar para Auckland.
Nisto chegou a hora para o embarque para a NZ e começou o tormento. Revistaram-me três vezes, viram o meu passaporte mais de seis vezes. Já estava farto daquele sacrifício de maldição.
Uns minutos depois o segurança Mustafa telefona para a emigração do aeroporto de Auckland, Nova Zelândia e começa com umas perguntas ambíguas. Por exemplo quantos dias vai estar na NZ? Eu respondi dez dias e o senhor da Emigração disse-me “ok”.
Uns minutos depois o segurança Mustafa diz-me que não posso continuar a viagem! Tenho tudo em dia, porquê aquela resposta? Estou cansado!
“No Qatar há 17 horas, sem dormir e sem comer acha bem fazer isto?”, interrogo e o segurança começa a rir.
Depois disseram-me tinha que ir para o Reino Unido noutro dia de manhã, no primeiro voo da Qatar Airlines. A Embaixada de Portugal não fez uma reclamação sobre este caso mas também nunca recebi resposta por parte da embaixada que ficou de resolver o problema.
Assim que cheguei à Escócia comecei a tratar do assunto, fui à Embaixada da Nova Zelândia em Edimburgo, que se mostraram indignados pelo que me aconteceu no Aeroporto do Qatar. Pediram-me desculpa.
Fui ao ‘Citizen Advice Bureau’, em Aberdeen. Perdi tempo. Pouco ou nada fizeram para recuperar o dinheiro gasto.
Admitiram o erro, gastei 900,00 libras e até hoje não fui ressarcido do erro que me custou bastante a ganhar.
Umas férias com dores-de-cabeça. Quando cheguei à Madeira contactei a Direcção das Comunidades Madeirenses, falei com a Dra. Celina Cruz, mas em especial com o responsável Dr. Rui Abreu. Deu-me razão, prometeu-me uma reunião, mas até agora nada. A Defesa do Consumidor também não conseguiu resolver o problema.
Também mandei e-mails para o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Zero.
Se há duas instituições que admitiram o erro porquê que não se resolve isto de uma vez por todas e se chamam os responsáveis à Justiça?
Pergunto a mim próprio se vale a pena votar quando ninguém nos ajuda a resolver os problemas?
Depois, vejo no telejornal na RTP-Madeira o Presidente da Assembleia da Madeira a receber uma comitiva árabe do Qatar... Isto é ridículo, escandaloso e vergonhoso. Se este caso acontecesse com um cidadão Americano, Canadiano, Britânico ou Alemão o Qatar, Nova Zelândia e a agência de viagens STA Aberdeen não iam brincar. Já estava resolvido.
Mas como somos um país de brandos costumes, não há nada fazer é o deixa andar.
E também se fosse filho de advogado ou de embaixador isto já estava resolvido.
José Rodrigues