Reino Unido e EUA declaram-se empenhados na reconstrução da Ucrânia
Reino Unido e EUA reafirmaram hoje o compromisso a longo prazo com a reconstrução da Ucrânia, antes de uma conferência em Londres para promover o investimento do setor privado no país.
Após um encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, concordaram que, para atrair investimentos de empresas, são necessárias reformas económicas e democráticas na ex-república soviética.
A Conferência de Recuperação da Ucrânia (URC 2023) vai decorrer na capital britânica entre quarta e quinta-feira e vai contar com a participação de representantes de 60 países.
O ministro britânico afirmou que será necessário mostrar às empresas que o investimento na Ucrânia "será efetivo e seguro", por exemplo, apoiando a "integração de Kiev nas instituições euro-atlânticas".
Os países aliados devem também ajudar o governo ucraniano "na reforma das suas instituições" de forma a facilitar o investimento, acrescentou.
Blinken declarou que tanto o Reino Unido como os EUA estarão ao lado de Kiev "durante o tempo que for necessário" e adiantou que iria anunciar um pacote de ajuda ao país da Europa de Leste na quarta-feira.
O político sublinhou que a Ucrânia deve ser apoiada para ter "a economia mais forte possível" e a "democracia mais forte possível" para poder atrair investidores.
Na mesma conferência de imprensa, Blinken recusou comprometer-se a enviar à Ucrânia armas "concretas", como os mísseis de longo alcance solicitados para usar nos combates contra as forças invasoras russas.
"É importante que não nos concentremos num sistema de armas específico, porque há também a questão da formação", vincou, referindo que está "em constante diálogo" com Kiev para fornecer "aquilo de que necessita".
Sobre a NATO, o secretário de Estado salientou que o seu país "não está a promover nenhum candidato em particular" para liderar a organização, que é atualmente presidida pelo norueguês Jens Stoltenberg e à qual aspira o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace.
Blinken revelou ainda que transmitiu às autoridades chinesas a "profunda preocupação" dos Estados Unidos relativamente às atividades da China em Cuba.
"É algo que iremos monitorizar muito, muito de perto, e temos sido muito claros sobre isso. E vamos proteger a nossa pátria, vamos proteger os nossos interesses", acrescentou o secretário de Estado, que regressou de uma visita de dois dias a Pequim.
Washington acusa a China de tentar, há anos, desenvolver operações de espionagem a partir de Cuba, que fica a cerca de 160 quilómetros da Florida.