"Somos bons em conjunto com as outras profissões"
Na sessão de encerramento da conferência 'Portugal e o Mar - A Engenharia Azul', Miguel Branco, presidente da região da Madeira da Ordem dos Engenheiros, reforçou a necessidade de fazer mais, tanto no que diz respeito à engenharia azul como na engenharia em geral.
Enalteceu o trabalho feito pelos profissionais dizendo que "somos bons em conjunto com outras profissões".
Já o secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, felicitou a Ordem dos Engenheiros pela iniciativa e temática escolhida, assim como a objectividade e qualidade da engenharia portuguesa.
"Se há uma classe profissional que não deixa Portugal envergonhado são os senhores engenheiros", disse.
Ainda assim, reforça igualmente a necessidade de continuar a trabalhar na economia azul. "Temos o dever, as condições e a obrigação de dominar a engenharia azul", exortou Teófilo Cunha.
Por fim, a concluir a sessão de encerramento, o representante da República para a Região Autónoma da Madeira, Ireneu Barreto acredita que o "mar será uma oportunidade única para, com as suas potencialidades inesgotáveis, contribuir para um mundo com esperança".
Abordou a importância da protecção do espaço Marítimo nacional. Na ocasião mencionou os impactos do Acórdão n.º 484/2022, do tribunal Constitucional, que deliberou a constitucionalidade de uma norma da lei de Bases da Política de Ordenamento e de Gestão do Espaço Marítimo Nacional. "Entendo chamar a atenção para o facto de o mencionado acórdão não ter sido subscrito unanimemente pelos juízes conselheiros do Tribunal Constitucional", disse.
"Ao invés, se se entender o mar não como uma barreira, mas como uma fonte rica em recursos e biodiversidade, como uma via de comunicação, como ficou amplamente demonstrado nesta Conferência, então uma ilha pode estar mais perto de tudo", concluiu.