Regionais 2023 Madeira

Chega-Madeira desafia partidos a assumir combate ao favorecimento

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Os contextos políticos nacional e regional têm sido marcados por situações pouco claras, que implicam certos detentores de cargos públicos em redes de favorecimento e até enriquecimento ilícito. Tais casos são corrosivos para o normal funcionamento da Democracia, pois não só corrompem a imagem das instituições, como também aumentam o distanciamento entre governantes e governados, levando a um défice de legitimidade nas decisões e à perda do respeito geral pelos líderes e pelos partidos.

A afirmação é de Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira, que assume a luta contra a corrupção como "um tema central na matriz política" do seu partido, mas também como "um tema que emana directamente da sua vocação reformista".

“O Chega é muito claro no que toca à relação entre o poder político e grupos de interesse, pois defendemos acerrimamente que a corrupção, o amiguismo, o compadrio, o nepotismo ou qualquer outra forma de favorecimento, seja a familiares ou a grupos económicos, é absolutamente incompatível com o exercício da política", sustentou o dirigente regional do Chega em comunicado de imprensa.

No que toca às incompatibilidades, Miguel Castro foi mais longe defendendo que "os partidos e os líderes políticos têm de ser exemplares na sua conduta, nunca dando azo a situações dúbias ou condutas deploráveis". "Quem não está neste registo, não é digno de ocupar cargos públicos”, vincou.

Miguel Castro sublinha que "o actual governo do PSD, assim como muitos dos demais partidos regionais, não têm assumido uma posição clara relativamente à conivência entre o poder político e as forças económicas, evitando a posição pública de condenação firme que a causa comum tanto exige".

O líder do Chega-Madeira diz ainda ter “imensa dificuldade em perceber porque é que tantos partidos sentem dificuldade em acompanhar o Chega" no combate contra a corrupção e o enriquecimento ilícito.

"Este é um tema de fundo da gestão pública, que deve reunir um enorme consenso de todos os agentes políticos, gostaríamos de ver passos concretos e medidas concretas de defesa do bem comum e de condenação daqueles que prevaricam contra uma gestão política que seja responsável e ética”, reforçou.

Para o presidente do Chega-Madeira as próximas eleições legislativas constituem "um momento privilegiado para que os madeirenses e porto-santenses analisem o que tem sido feito na Região no capítulo da corrupção e a forma como a gestão social-democrata do poder político tem afetado a imagem pública dos governantes, o funcionamento ético do tecido empresarial e a fibra moral dos processos de decisão".

Sobre este ponto adianta que o programa eleitoral do partido, "que está praticamente pronto e que será oportunamente apresentado à população", é "extremamente claro no que toca à nossa posição quanto à corrupção na política e à reforma da Administração Pública".

"Se merecermos a confiança do eleitorado, seremos implacáveis no combate às ligações tóxicas entre a política e certos grupos económicos”, rematou.