Biden defende mais restrições à venda de armas nos EUA
O presidente norte-americano, Joe Biden, apelou na sexta-feira para que haja mais restrições quanto à venda de armas de fogo no país, passado um ano sobre a primeira lei introduzida no sistema federal em quase três décadas sobre esta matéria.
A legislação aprovada há um ano sobre a compra de armas de fogo foi um "primeiro passo importante", disse o presidente norte-americano, Joe Biden, na Cimeira Nacional das Comunidades Mais Seguras, que se realizou na Universidade de Hartford, nos Estados Unidos.
Perante sobreviventes de violência armada, defensores da segurança das armas e muitos legisladores federais e estaduais, Biden exortou os cidadãos a "derrotar os legisladores que resistirem".
E prosseguiu: "Não sei as vezes com que me encontrei com pessoas neste país que apertaram minha mão" e disseram-me que "estavam preocupadas", pois "houve outro tiroteio não muito longe de onde moravam. Estavam com medo de mandar o seu filho para a escola".
"As orações são ótimas. São importantes (...) mas não vão impedir que isso aconteça", realçou ainda Biden, pressionando o Congresso a tomar medidas mais agressivas para restringir o acesso às armas.
Além disso, referiu que "é preciso agir", que é "preciso fazer alguma coisa", e se o Congresso se recusar a agir, lembrou então aos participantes no encontro de que "é preciso um novo Congresso".
A legislação aprovada no ano passado endureceu a verificação de antecedentes para os compradores de armas mais jovens, procurou que as armas de fogo se mantivessem longe dos agressores de violência doméstica e teve como objetivo ajudar os Estados a implementar leis que facilitam a retirada de armas a pessoas consideradas perigosas.
A lei de 2022, "já teve impacto", disse Biden, pois, além de ter aumentado a verificação de antecedentes para os compradores de armas mais jovens, o FBI impediu mais de 200 tentativas de compra de armas por menores de 21 anos.
Os processos contra os vendedores de armas sem licença e as novas penalizações por tráfico de armas aumentaram, tendo sido aplicadas em mais de 100 casos em todo o país, sendo que duplicaram os processos contra aqueles que vendem armas de fogo sem licença.
"Se a lei [aprovada] estivesse em vigor há mais de um ano, muitas vidas teriam sido salvas", salientou o presidente norte-americano que tem vindo a prosseguiu a sua luta contra o lobby das armas no país.