O PS pretende que o ensino profissional apresente uma oferta que seja adequada às necessidades das empresas da Região.  A posição foi reiterada hoje pelo presidente do PS-Madeira durante uma visita do Grupo Parlamentar à Escola Profissional Cristóvão Colombo.

“É fundamental revermos todo o modelo de formação profissional” uma vez que “uma das grandes dificuldades do tecido empresarial da Região passa precisamente pela contratação de pessoal especializado e qualificado”, referiu Sérgio Gonçalves. Aliás, salientou que estas necessidades não são exclusivas do turismo ou da construção, que são os maiores sectores, "mas transversal a todas as áreas económicas aqui na Região”.

Lembrando que a revisão do modelo de formação profissional centrada na promoção das competências, no saber fazer e no conhecimento vem sendo defendida pelo PS no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência e com a apresentação de propostas concretas na Assembleia Legislativas da Madeira que foram sistematicamente rejeitadas pela maioria PSD-CDS, o líder do PS-M alertou para a relação existente entre as lacunas do actual sistema de ensino profissionalizante, a falta de oportunidades e a problemática da saída de jovens qualificados da Região.

O líder socialista destacou também que "nos últimos dez anos, saíram 17 mil madeirenses da Região, 13 mil dos quais jovens qualificados por falta de oportunidades". Nesse âmbito, diz ser crucial assegurar a diversificação da oferta de cursos técnico-profissionais atendendo à vocação, interesses e aptidões dos alunos.

"Nesta revisão do modelo de formação profissional, defendemos também a criação de uma rede pública de escolas profissionais que permita a jovens de qualquer concelho da Região aceder aos cursos na área que pretendem”, descreveu. De acordo com o líder do PS-Madeira, esta rede permitirá resolver os problemas associados às distâncias geográficas, “porque muitas vezes, em concelhos mais afastados do centro urbano não existem os cursos nos quais alguns jovens desejam inscrever-se.”

“Com a criação desta rede pública, com condições a nível de passes e de alimentação, podemos dar, de facto, oportunidades para que qualquer jovem, em qualquer concelho da Região, possa aceder ao curso técnico-profissional que pretende”, concluiu.