Madeira

‘Zara’ ponderava instalar fábrica na Zona Franca da Madeira há 20 anos

Neste ‘Canal Memória’ consulte as edições de 1999 e 2003

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Foi há 20 anos que a Inditex, a multinacional de vestuário dona da Zara, ponderou a instalação de uma fábrica na Zona Franca da Madeira. Na altura, este seria um investimento de grande envergadura, que poderia trazer grande ‘movimento’ e emprego, mas tal não se veio a concretizar.

O estudo encomendado em 2003 ponderava o investimento na Madeira ou nas zonas especiais da Irlanda e das Canárias, que também apresentavam benefícios fiscais atractivos. O governo espanhol fez questão de reunir com os responsáveis pelo grupo para mostrar quais as condições e ‘ofertas’ acaso optassem pelo arquipélago canário.

A Inditex aguardava a publicação de nova legislação sobre os regimes em vigor para que pudesse fazer uma opção consciente. Este grupo é detentor das marcas Zara, Massimo Dutti, Bershka, Pull & Bear, Stradivarius e Oysho.

Cobra encontrada na Cota 200

Uma cobra com cerca de 1,5 metros foi apanhada na Cota 200, perto do Canto do Muro, a 14 de Junho de 1999. De acordo com a edição do dia 16 de Junho, quem se apercebeu da sua presença foi um automobilista que a atropelou e, posteriormente, alertou as autoridades competentes.

O animal acabou por morrer, mas no local estiveram os Bombeiros Voluntários Madeirenses, bem como uma equipa da Sociedade Protectora de Animais Domésticos (SPAD). Tratava-se de uma cobra não venenosa, sendo que na altura não havia qualquer legislação referente à sua introdução na Região.

Aeroporto considerado obra do século

Ainda na edição de 16 de Junho de 1999, o DIÁRIO apresentava um destacável dedicado às obras de ampliação da pista do aeroporto, considerada “a obra do século”. A intervenção iria custar 98,5 milhões de contos e andava a bom ritmo para ser inaugurada no ano seguinte.

A obra surgia 36 anos depois do Aeroporto de Santa Catarina ser inaugurado por Américo Thomaz, como forma de melhorar as condições de segurança para aterragem de aviões de maior dimensão.

Entre as novidades estava também a aerogare, que seria três vezes maior que a anterior: “o comprimento da ‘curbside’ (corredor de partidas) passará de 64 metros para 226 metros, enquanto o átrio público passará de 1.240 metros quadrados para 4.412 metros quadrados. Os balcões de "check-in" passarão a ser 40 (em vez dos 18 actualmente existentes) e o número de postos de controlo de segurança ascenderá a três (agora são dois)”, referia o DIÁRIO na época.