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Polónia quer organizar referendo sobre o acolhimento de refugiados

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Foto AFP

Os populistas nacionalistas no poder na Polónia querem um referendo nacional sobre o acolhimento de refugiados, após um acordo europeu sobre a reforma do sistema de asilo na UE, afirmou hoje o presidente do partido no poder, Jaroslaw Kaczynski.

Segundo um acordo preliminar, recentemente alcançado, os países da União Europeia (UE) que recusem acolher refugiados serão obrigados a pagar 20 mil euros por pessoa a um fundo gerido por Bruxelas.

A Polónia e a Hungria votaram contra a cláusula, com as autoridades de direita em Varsóvia a condenar o plano de realocação.

"Não concordamos com isso, e o povo polaco também não concorda, e deve ser submetido a um referendo... E faremos esse referendo", afirmou Jaroslaw Kaczynski, presidente de Direito e Justiça (PIS).

"O povo polaco deve decidir sobre esta questão", acrescentou, durante um debate parlamentar.

A Polónia abriga atualmente mais de um milhão de refugiados ucranianos que saíram do seu país após a invasão russa em 2022, mas as autoridades, desde há muito, opõem-se à realocação de migrantes que chegaram à Grécia ou a Itália.

"Não é um pacto de migração (...) visa mudar a cultura europeia", disse aos deputados o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki.

A Polónia tem previstas eleições parlamentares este outono, sendo o tema do acolhimento de refugiados um dos temas de destaque da campanha eleitoral.