Chega sente que tem "potencial para mais" nas próximas eleições
Reacção de Miguel Castro à manchete de hoje do DIÁRIO
O líder do Chega-Madeira mostra-se satisfeito pelo partido figurar como "a quarta força política aqui na Região". Miguel Castro instado pela TSF-Madeira a reagir à manchete de hoje do DIÁRIO, indica que, como qualquer sondagem, "esta não foge à regra e, obviamente, convida-nos a uma reflexão e não a uma especulação".
Coligação destacada perde gás
Confira as notícias em destaque na edição impressa do DIÁRIO de hoje
"O que sentimos é que temos potencial para mais e que podemos alcançar uma votação mais significativa se continuarmos a apostar na proximidade às populações, na nossa mensagem, que é baseada no humanismo e na reforma do sistema político". afiança Miguel Castro, acrescentando que os próximos meses serão decisivos e que, com a apresentação do programa eleitoral, que está praticamente concluído, o partido estará mais preparado para o desafio das eleições regionais, pretendendo entrar na ALRAM.
Nós andamos nas ruas e temos participado em acções de proximidade com a população e são esses que realmente são a sondagem mais fidedigna, porque é com eles que falamos, são eles que nós ouvimos e que sentimos aquilo que lhes vai na alma e depositam em nós uma enorme esperança de alternância e de mudança política aqui para a Região. Miguel Castro, Chega
A sondagem hoje divulgada atribui dois deputados ao Chega, mas o partido quer trabalhar para eleger mais. No entanto, diz-se optimista pois, neste momento, não tem qualquer assento parlamentar e, apenas com acções de proximidade, já é capaz de alcançar este resultado.
O partido considera que "as maiorias absolutas são inimigas das democracias, porque depois, de alguma forma, congelam a pluralidade parlamentar" e indica que "se existir uma maioria absoluta de um partido, ou neste caso uma coligação, obviamente que as propostas que os outros partidos apresentem correm ao risco de não ser aprovadas, porque existe um maior número de parlamentares dos partidos que constituem a maioria absoluta que é o de não as passar".
"O que as pessoas estão entendendo e têm entendido isso cada vez mais, até porque temos visto a nível nacional, é que temos que dar lugar e espaço à pluralidade parlamentar e acho que é muito injusto uma série de cidadãos se reverem numa força política que depois, entrando no parlamento, não tem poder decisório, não consegue fazer passar as suas ideias e os seus projectos", refere.
"Pode-se governar sem maioria absoluta. Portanto, essa é a verdadeira pluralidade democrática. Os eleitores vão escolher, os madeirenses e porto-santenses são pessoas cada vez mais esclarecidas e actualmente conseguem fazer um juízo de valor e pensar numa governação mais parlamentar do que presidencialista. Eu penso que se calhar podemos ter algumas surpresas e que fique a ganhar a democracia", termina.