EUA oferecem 4,6 ME por detenção de perito em explosivos do Al-Shebab
Os Estados Unidos da América ofereceram ontem uma recompensa de até cinco milhões de dólares (4,6 milhões de euros) por informações que levem à detenção do somali Abdullahi Osman Mohamed, principal especialista em explosivos do movimento radical islâmico Al-Shebab.
Segundo um comunicado do Departamento de Estado publicado nos meios de comunicação social somalis, Osman Mohamed, também conhecido como "engenheiro Ismail", "é responsável pela gestão global das operações do Al-Shebab e pelo fabrico de explosivos".
Osman Mohamed é também "conselheiro especial do chamado 'emir' do Al-Shebab", Ahmed Diriye, líder do grupo, e dirige a sua "ala mediática, Al-Kataib".
Em 17 de novembro de 2020, o Departamento de Estado norte-americano catalogou Osman Mohamed como "terrorista mundial especialmente designado", o que permite às autoridades confiscar os seus bens e proibir negócios financeiros com ele.
O Al-Shebab efetua frequentemente ataques na capital da Somália, Mogadíscio, e noutros locais do país, com o objetivo de derrubar o governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer um Estado islâmico 'wahhabita' (ultra-conservador).
O movimento radical islâmico controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e também ataca países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.
O exército somali combate o Al-Shebab cm o apoio da Missão de Transição da União Africana na Somália (Atmis) e, por vezes, por parceiros internacionais como os Estados Unidos, que fornecem frequentemente apoio aéreo às ofensivas antiterroristas.
A Somália vive num estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamistas e senhores da guerra.