PAN considera "inadmissível" que o GR continue a "mascarar" os números da economia regional
"O PAN considera inadmissível que o governo regional continue a 'mascarar' os números da economia regional para 'tentar' enaltecer uma situação que de sucesso não tem nada", refere em comunicado enviado o partido.
A Comissão política do PAN Madeira reuniu esta quarta-feira com o Concelho Económico e Social que assessoria o PAN nas questões económicas, onde constatou "que os dados socioeconómicos regionais diferem dos dados nacionais e europeus, o que é preocupante em virtude da importância da seriedade para a actividade económica".
Dados como a evolução da competitividade da nossa economia, da taxa de inflação, do desemprego, da dívida pública, da execução do PRR, quando difundidos pelas entidades regionais. PAN Madeira
O PAN ouviu os presentes sobre as razões para a Taxa de Risco de Pobreza e Exclusão Social na Madeira, que em 2022 continuou a aumentar. "Se em 2021 a Madeira, saída duma situação Pandémica apresentava uma taxa de risco de pobreza na ordem dos 28,9%, em 2022 a situação agravou-se: a percentagem é agora de 30,2%".
"Questionam os presentes como é que o governo regional tem 'coragem' de perante os números reais apresentar as conclusões que tem apresentado de sucesso económico?", lê-se no comunicado.
"Em resultado dos números apresentados, a conclusão que se impõe é: A acção governativa não contribuiu para resolver o problema: apenas o agravou", refere o partido.
O presidente do governo continua a afirmar que a economia vive um bom período, mas o número de madeirenses e porto-santenses que trabalhando não conseguem pagar as suas despesas aumentam, o número de famílias em situação de pobreza continua a aumentar. PAN Madeira
O salário médio bruto na Madeira é o mais baixo do país e os trabalhadores madeirenses têm de fazer mais horas de trabalho e ter outros trabalhos para poderem pagar contas e viver com dignidade. Somos uma região de baixos salários, onde os empresários reclamam por falta de mão de obra.
Recentemente o Prof. João Cerejeira (professor de Economia na Universidade do Minho) referia quanto à falta de mão de obra na região "Quando há empresários que dizem ter falta de mão de obra, têm de pagar mais. Se eu quero ter alguém que passa um terço da sua vida diária no trabalho, tenho que lhe pagar. Há uma certa ideia tradicional, colonialista, diria até estrativista da sociedade portuguesa de achar que as pessoas estão lá para nos servir. Não, as pessoas estão lá para trabalhar connosco e nós temos que lhe pagar devidamente".
O PAN considera que o governo em vez de anunciar “folcloricamente” com pompa e circunstância tudo e coisa nenhuma, devia governar, devia ouvir especialistas, devia-se empenhar em criar incentivos à fixação dos jovens e à criação de empregos bem remunerado, de modo a inverter o ciclo de empobrecimento na Região.
São necessárias medidas para inverter o ciclo de empobrecimento e o envelhecimento/ redução da nossa população. É necessário criar incentivos reais para fixar os jovens, para que as empresas possam criar mais emprego bem remunerado, possam criar mais oportunidades para que os jovens aqui possam viver – crescer – casar – ter filhos = aqui viverem, realçando o porta-voz do PAN o quão importante seria aplicar efetivamente fazer o que a propaganda eleitoral anuncia em tantos cartazes espalhados por toda a região. Pena ser só publicidade - lamenta o PAN. PAN Madeira
O porta-voz do PAN no final da reunião afirmou que “coexistem duas regiões diferentes, a região do PowerPoint do Dr. Miguel Albuquerque e dos amigos e a região real onde vivem as e os madeirenses e uma e outra são muito diferentes.”