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Ministros da Defesa da NATO discutem plano de quase mil milhões de euros para compra de munições

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Os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vão analisar na reunião desta semana em Bruxelas um plano de ação de mil milhões de dólares (quase o mesmo em euros) em aquisições conjuntas de munições.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que na antecipação desta reunião ministerial, hoje em conferência de imprensa em Bruxelas, indicou que esperar "que os Ministros da Defesa analisem um novo plano de ação para a produção de defesa, sobre o qual os líderes chegarão a acordo na cimeira de Vílnius", marcada para julho.

"Este plano tem por objetivo resolver rapidamente as insuficiências das nossas capacidades, com base em mil milhões de dólares [920 mil euros] em aquisições conjuntas apenas para munições de 155 milímetros, atualmente em curso este ano", especificou.

Segundo Jens Stoltenberg, o plano "também tem como objetivo melhorar a interoperabilidade das nossas munições e equipamento e apoiar a base industrial e de defesa transatlântica".

Nesta reunião ministerial, que decorre na quinta-feira e sexta-feira em Bruxelas e na qual Portugal estará representado pela ministra da tutela, Helena Carreiras, será ainda "prosseguido o compromisso de longa data com a indústria de defesa transatlântica".

"Convidámos pequenos, médios e grandes produtores de defesa de toda a Aliança para um evento informal, que permitirá aos Ministros da Defesa debater diretamente com a indústria a melhor forma de aumentar a produção, proteger as nossas cadeias de abastecimento e eliminar os obstáculos à cooperação", referiu Jens Stoltenberg.

A Ucrânia e a UE também participarão no evento.

O reforço do investimento em defesa será um dos assuntos em cima da mesa na cimeira da NATO em julho, que se realizará na capital da Lituânia, Vílnius.

"Este compromisso deverá tornar claro que investir 2% do PIB [produto interno bruto] na defesa não é um texto a atingir, mas sim um patamar a partir do qual devemos construir", concluiu.

A cimeira de Vilnius juntará chefes de Governo e de Estado dos atuais 31 Aliados (após a integração da Finlândia em abril passado) que irão decidir novas medidas para reforçar a dissuasão e defesa, bem como para manter o apoio à Ucrânia, face à invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Na reunião desta semana, em Bruxelas, será ainda discutido um novo Centro Marítimo da NATO para infraestruturas críticas de segurança, após um trabalho iniciado há quase 10 anos em resposta à anexação ilegal da Crimeia pela Rússia em 2014.