Cooperação policial
PSP e GNR vão ter missões conjuntas. O que o Funchal anda a pedir há meses, afinal é possível, no continente
Boa noite!
Foi notícia hoje que a PSP e a GNR assinaram "um protocolo inédito", que prevê que efectivos de uma das polícias possam actuar na área de competência da outra, devido ao número de turistas esperados no Verão, especialmente para a Jornada Mundial da Juventude.
A decisão do Ministério da Administração Interna prevê o emprego de valências de policiamento de proximidade e visibilidade da GNR e da PSP e visa "contribuir para uma melhor e maior segurança dos cidadãos, incrementando os níveis de eficácia e de eficiência da sua actividade, com o melhor aproveitamento dos recursos do Estado em matéria de segurança pública, tal como previsto na Estratégia Integrada de Segurança Urbana", que em breve vai ser aprovada em Conselho de Ministros.
Ou seja, tanto a GNR, que faz essencialmente policiamento em áreas rurais, como a PSP, que actua nos centros urbanos. vão cooperar em nome do 'Verão Seguro', comprovando que em momentos extraordinários devem ser usadas medidas do mesmo calibre, mas acima de tudo que, afinal, não é impossível a coexistência pacífica das duas forças policiais em matérias de relevante interesse público.
O que é estranho é que tendo o Funchal solicitado uma solução do mesmo teor, para assim ver reforçada a segurança na cidade, o mesmo MAI tenha criado obstáculos que pelos vistos são levianos e infundados.
A esta hora Pedro Calado – que por sinal, na semana passada, visitou em Jersey uma moderna esquadra em que as várias polícias cooperam – deve estar a rir-se dos que questionaram o seu propósito que, não só é exequível, como elementar, sobretudo num contexto em que o reforço do contingente da PSP na Região ficou aquém das expectativas.