Estados Unidos anunciam novo pacote de ajuda militar de mais de 300 milhões de euros
Os Estados Unidos da América anunciaram hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 325 milhões de dólares (mais de 300 milhões de euros), no quadro do avanço alcançado nos últimos dias pelas forças ucranianas.
"De acordo com um pedido do Presidente [dos Estados Unidos, Joe] Biden, autorizo o 40.º envio para a Ucrânia, que inclui 325 milhões de dólares em armas e equipamento", refere o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken num comunicado, citado pela agência Europa Press.
Este pacote de ajuda militar para Kiev inclui munição adicional para sistemas de lançamento de mísseis Himars, munição para os sistemas de defesa aérea Nasams, munições de artilharia de 155 e 105 milímetros, bem como 15 veículos de combate Bradley e 10 blindados de tipo Strynker, entre outros.
"Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os seus aliados e parceiros, para proporcionar à Ucrânia a capacidade de satisfazer as suas necessidades imediatas no campo de batalha, e os requisitos de assistência de segurança a longo prazo", lê-se na nota.
A Ucrânia evitou confirmar o início formal da esperada contraofensiva, embora os países aliados, como a França, e figuras políticas, como o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenber, já a tenham dado como iniciada. De acordo com o Presidente russo, Vladimir Putin, a contraofensiva no sul e no leste da Ucrânia arrancou em 04 de junho.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu, na segunda-feira, que a contraofensiva está a ser difícil, mas com progressos.
Segundo Zelensky, a operação permitiu recuperar o controlo de sete localidades que tinham sido tomadas pelas tropas russas.
A contraofensiva foi possível graças ao armamento fornecido pelos aliados ocidentais da Ucrânia.
As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de forma independente de imediato.
A Rússia invadiu a Ucrânia para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, de acordo com os objetivos anunciados por Putin no dia do início da operação, em 24 de fevereiro de 2022.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
A Ucrânia tem contado com o apoio de aliados ocidentais, que fornecem armamento a Kiev para combater as tropas russas.
O Ocidente também tem imposto sanções económicas à Rússia para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra.
No final de setembro, Putin decretou a anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia ao território da Federação Russa, depois de ter feito o mesmo à Crimeia, em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.
Kiev exigiu a retirada russa do território da Ucrânia como uma das pré-condições para eventuais conversações de paz, mas Moscovo respondeu que os ucranianos têm de se conformar com a nova realidade.