Chega alerta para agravamento das assimetrias na Região e pede mudanças
O Chega-Madeira alerta para o aumento nos níveis de pobreza da Região e pede mudanças para travar esta realidade.
"A Madeira é, hoje, a região portuguesa com maior risco de pobreza, um facto que não só demonstra que os madeirenses e os porto-santenses usufruem de rendimentos que estão abaixo das suas necessidades, mas que também comprova que nos estamos a tornar numa sociedade de assimetrias muito preocupantes, onde certas fortunas existem lado a lado com a miséria de tantos, incluindo famílias nas quais ambos os adultos trabalham, mas não conseguem fazer frente às exigências e à dureza da vida", refere nota de Miguel Castro.
O líder do partido na Madeira afirma ser inegável que a os níveis de pobreza e a perda de qualidade de vida estejam relacionados com a precariedade laboral e a gestão política. "Por muito que a liderança do PSD queira negar a realidade e, por motivos egoístas, insista em retratar a Madeira como uma sociedade idílica, quem anda nas ruas e fala com as pessoas percebe que a realidade não é essa. As pessoas vivem cada vez pior, não confiam no que o futuro lhes reserva e não conseguem perceber como é que a Região que alimenta tantas fortunas na especulação imobiliária, no capitalismo selvagem e em negócios difíceis de explicar, não sabe cuidar dos seus, não respeita quem trabalha e não se preocupa com o bem-estar do cidadão comum", afirma.
Miguel Castro afirma que vencer a pobreza galopante exige seriedade, empenho e uma noção clara de que a política tem de estar ao serviço das populações, e não dos interesses. “É impossível ultrapassar a pobreza instalada sem resolver dois grandes problemas, que são a pesadíssima carga fiscal que recai sobre os cidadãos e as empresas, por um lado, e, por outro lado, a precariedade laboral que teimosamente subsiste. Os governantes precisam de perceber que as pessoas não existem apenas para suportar a despesista máquina do Estado e também precisam de entender que, sem estabilidade profissional, assente em salários dignos, as pessoas e as famílias não conseguem planear uma vida, nem ajudar aqueles que delas dependem", indica.
Para o presidente do Chega-Madeira, a actual liderança regional está cansada, esgotada e prostrada perante certos interesses económicos, que há muito perceberam que podem quebrar as regras, abusar dos trabalhadores e até se apropriar do património público, desde que mantenham boas relações com certa classe política. "A esses, tudo é permitido, ao passo que, ao cidadão, tudo é exigido", refere. “Estamos fartos de ver gente em lugares de responsabilidade a se comportar como membros de uma associação imobiliária ou regentes dos grandes grupos financeiros. A arrogância com que têm substituído o rigor pelo espetáculo, a competência pela negação e o trabalho sério pela subserviência aos ‘donos disto tudo’ demonstra que não devem estar onde estão e que os madeirenses e porto-santenses só começarão a viver melhor quando tiverem a coragem de confrontar quem os oprime e de traçar um novo rumo político para esta nossa terra, que tem tudo para ser um local de paz social e prosperidade para todos.", termina.