O hotel na ribeira da Boaventura em Santa Cruz que 'não saiu do papel'
Consulte connosco as edições de 1991, 1992 e 1995, neste 'Canal Memória'
Um hotel com complexo de piscinas, marina, acesso ao mar para embarcações de recreio, praia de areia, courts de ténis, campo polivalente e mini-golfe. Era este o projecto de uma empresa criada por emigrantes na Venezuela para a ribeira da Boaventura, em Santa Cruz. O ‘sonho’ não saiu do papel.
A empresa SOTOCRUZ (Sociedade Turismo de Santa Cruz) queria dar uma nova cara à ribeira da Boaventura, onde actualmente está instalado o Aquaparque. Em 1995, o DIÁRIO noticiava o interesse em retomar o projecto que até já tinha avançado – com a criação das fundações, de um pequeno cais e da piscina - mas que, entretanto, parou. A falta de investimentos financeiros terá ditado a paragem na obra, que assim se ficou durante anos.
Em 1995, a empresa era confrontada com o facto de vir a perder o direito aos terrenos, caso não avançasse com a obra. Por isso, decidiu reformular o projecto, que em 1995 estaria apenas pendente de um parecer da Secretaria Regional do Turismo. Embora oficialmente não tenham sido avançados valores, estimava-se que viesse a custar cerca de 2 milhões de contos.
Este novo projecto previa a construção de dois edifícios: um para alojamento hoteleiro e outro para habitações T0, T1 e T2.
A verdade é que este 'sonho' dos emigrantes acabou por não sair do papel. Foram feitas pequenas intervenções na baía, como a construção do cais e alguns arranjos paisagísticos.
Carros de transporte de mercadorias passaram a azul e amarelo
Na edição de 13 de Junho de 1991, o DIÁRIO dava conta de que, a partir de 1 de Janeiro de 1993, os carros de transporte de mercadorias tinham de adoptar as cores azul cerúleo (predominante) e o amarelo cádmio para as bandas laterais. No fundo, as cores ‘contrárias’ às dos táxis.
Os chamados ‘carros da praça’ passavam a ter novas cores, capazes de os distinguir os restantes veículos, uniformizando o sector na Região.
Quatro irmãos abandonados na Fundoa
Quatro crianças com idades compreendidas entre os dois e os seis anos foram encontradas abandonadas, na zona da Fundoa, no Funchal. Corria o ano de 1992 quando um trabalhador de construção civil estranhou o facto das crianças estarem há várias horas nessa estrada e contactou a PSP.
Os irmãos levavam consigo um saco com vários documentos pessoais e quando chegaram à esquadra da polícia contaram que havia sido a tia que os tinha deixado na estrada.
Os documentos possibilitaram aferir que estes tinham viajado desde a Fajã da Ovelha e deixados junto à casa do pai, conotado com problemas de alcoolemia. Quanto à mãe, não se sabia do seu paradeiro. Por isso, foram entregues ao Abrigo Infantil de Nossa Senhora da Conceição.