O betão bom e o betão mau….

Para o PS da Madeira há dois tipos de betão: o que dá origem a obra feita sob gestão socialista e o que é realizado por administração de executivos do PSD e do CDS. O primeiro é de ótima categoria, o segundo é mau, para eleitoralismo, para fazer obras que não interessa.

Quando alguma Câmara socialista faz qualquer coisa (o que é raro, muito raro…), hossanas que é obra brilhante…. Não interessa o dinheiro, não importa a importância da mesma junto das pessoas. Não, é obra “rosa”, logo é boa!

Quando o Governo Regional ou as Câmaras do PSD e do CDS realizam (e fazem-no com muita frequência, sempre em prol da população) empreitada, a mesma é desnecessária, é feita com motivo eleitoralista e é dinheiro jogado fora, que deveria ir para outras coisas.

A cantilena é a mesma desde há anos e ultimamente está a ser “cantada” de novo – o desespero é tanto que ao PS de cá só lhe resta repetir argumentos rascas de lideranças passadas – com referências, impulsionadas por uma comissão de inquérito que foi um fracasso, a obras desnecessárias, qual “disco riscado”, que fere os ouvidos dos eleitores.

Para além do discurso repetido, a “tontice” é de tal modo que querem fazer crer às populações da Ponta do Pargo, da Fajã da Ovelha, do Paul do Mar e do Jardim do Mar, da Boaventura, da Ponta Delgada, de São Jorge, do Arco de São Jorge, do Jardim da Serra e de muitos mais sítios e freguesias aonde o desenvolvimento tem chegado – com as acessibilidades a darem caminho a quem tinha de atravessar levadas e veredas à chuva, com compras às costas, a quem tinha de pedir graças a Deus para que o médico chegasse a tempo – que essas obras não eram precisas, que é “mau betão”, que foi dinheiro “jogado fora”.

Tentar repetir um discurso já tão gasto é uma parvoíce. Mas, insistir na parvoíce ao ponto de dizer que não eram precisas as obras, já não se pode falar de parvoíce só…. Pode-se falar de impreparação política, de desespero face à fraca aceitação junto da população, dos eleitores, de impotência face ao excelente trabalho feito pelo Governo Regional.

O desespero é tanto que vão se agarrando, quais náufragos, a tudo.

Ângelo Silva