Segurança Social da Madeira apoia 70 IPSS com 30 milhões de euros anuais
Mapa de Entidades de Economia Social e Solidária da Região Autónoma da Madeira, que conta com o apoio do Governo Regional, foi apresentado hoje
De acordo com um levantamento feito pela AIPES em 2018, existiam, na Região Autónoma da Madeira, 1.170 entidades da economia social e solidária. Estas incluem Fundações e Associações de Solidariedade Social, Associações Mutualistas, Casas do Povo, Cáritas Diocesanas, Centros Sociais e Paroquiais, Misericórdias, Uniões, com áreas de intervenção tão diversas como: a infância e juventude, crianças e jovens em risco, pessoas idosas, pessoas adultas com deficiência, pessoas em situação de sem abrigo, vítimas de violência doméstica, família e comunidade, entre outras.
Este foi um dos dados destacados, esta tarde, pela secretária regional, Rita Andrade na sessão de abertura da apresentação pública do Mapa de Entidades de Economia Social e Solidária da Região Autónoma da Madeira, que teve lugar, no Colégio dos Jesuítas.
Na ocasião, Rita Andrade revelou também que através do Instituto de Segurança Social da Madeira são apoiadas "70 Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), num valor que chega aos 30 milhões de euros anuais".
"Procuramos trabalhar sempre em conjunto para encontrar as melhores soluções para os desafios que vão surgindo”, afirmou a governante com a pasta da Inclusão, salientando neste contexto “a importância deste projecto de mapeamento, com georreferenciação, de todas as organizações da economia social e solidária da região, através de uma plataforma colaborativa, acessível a todos”.
“É importante criar estas sinergias, conhecer e mapear a realidade das instituições da nossa Região e potenciar novos projectos e respostas sociais que, só em conjunto, se conseguem criar”, sustentou a secretária regional.
O Mapa de Entidades de Economia Social e Solidária da Região Autónoma da Madeira trata-se de um projecto desenvolvido pela Associação de Investigação e Promoção da Economia Social (AIPES), que conta com o apoio do Governo Regional. Consiste numa "plataforma colaborativa, simples e acessível a todos que, através da georreferenciação, permitirá às entidades da economia social, aos investigadores, aos estudantes e ao público em geral, ter conhecimento do universo das entidades da RAM que trabalham com e para as pessoas, à medida que a plataforma for sendo alimentada por todos", conforme explica a tutela em comunicado de imprensa.
Esta nova plataforma já se encontra disponível on-line através do seguinte portal:
Governo formou 50 entidades da economia social
Durante a sua intervenção, a secretária regional de Inclusão e Cidadania recordou ainda que, este ano, o Governo Regional promoveu uma acção de formação em gestão e organização, dirigida especificamente a entidades da economia social da nossa Região, que abordou temas como a liderança, a gestão de equipas, resultados e prestação de contas, marketing e redes sociais. "Uma forma de actualizar reforçar conhecimentos das nossas instituições da área social. Esta formação chegou a quase 70 formandos e a 50 entidades diferentes”, destacou.
“É importante ter presente que a inovação social, a sustentabilidade das organizações da economia social, estão cada vez mais na ordem do dia e que, para além dos apoios do Governo Regional, estas instituições têm também muitas vezes de se tentar reinventar, apostar na formação contínua, na inovação e na procura de receitas próprias que complementem os apoios e permitam um crescimento sustentado da sua atividade, uma aposta nos recursos humanos, com vista a uma gestão cada vez mais profissionalizada. Nunca perdendo de vista a filosofia do sector social e solidário”, insistiu Rita Andrade, reforçando que este "é precisamente esse um dos objectivos deste Mapeamento, Rede e Portal das Entidades da Economia Social e Solidária pretende atingir”.