Desporto

Daniel Meneses avança com acção judicial para impugnar Assembleia Geral do Nacional

Em causa está a Assembleia Geral Extraordinária que ocorreu no passado dia 3 de Abril

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Em função do que aconteceu na Assembleia Geral Extraordinária do Clube Desportivo Nacional (CDN), no passado dia 3 de Abril, Daniel Meneses avança para tribunal com uma impugnação a essa reunião. “Houve falta de cumprimento de alguns dos princípios básicos legais para um estado de direito”, disse o ex-candidato à presidência dos alvinegros em conferência de imprensa, esta manhã.

Além de acreditar que houve falta de legalidade, em causa está igualmente o facto do sócio número 507, Duarte Câmara, que quando se apresentou à Assembleia, foi impedido de entrar, pois alegadamente não teria as quotas em dia, algo que Duarte Meneses explica: “O impedimento do sócio Duarte Câmara de participar na Assembleia Geral, mesmo após ter sido regularizado a sua situação de quotas em atraso, via on-line, não havia forma de agir a não ser recorrer à via judicial para proteger os interesses do Clube Desportivo Nacional e dos seus sócios”, disse.

Depois de esgotadas todas as tentativas de diálogo com os órgãos sociais do clube, face à gravidade dos factos que implicam uma acção judicial deste género, solicitei ao nosso advogado para que entrasse em contacto com o presidente da direcção, Rui Alves, a fim de podermos chegar a um entendimento sobre esta matéria, evitando assim, o contencioso e todo o que isso acarreta. Daniel Meneses.

Ainda assim, afirma que esta solicitação encontra-se sem resposta. “À semelhança de outras situações anteriores, encontra-se sem qualquer tipo de resposta até ao dia de hoje. Acreditamos na justiça e acreditamos que os tribunais nos darão razão relativamente à acção judicial”, exorta Daniel Meneses.

Assistimos a intervenções de dirigentes do CDN, na condição de comentadores, em órgãos de comunicação social, nomeadamente em programas de rádio e televisão, afirmando que o clube não tinha sido notificado sobre esta acção, numa clara tentativa de minimização e descredibilização da acção perante a massa associativa. Daniel Meneses.

A contestação diz respeito também ao momento da votação do único ponto da ordem de trabalhos que atribuía poderes à direcção de alienar o capital social detido directa e indirectamente pelo clube no CDN, Futebol SAD até ao limite permitido por lei, onde a proposta passou por um voto. 

"O único ponto da ordem de trabalhos referentes à alienação dos 90% do capital social da SAD não foi aprovado pela Assembleia Geral, pois para isso ter acontecido, deveria ter sido votado pela maioria absoluta dos sócios, o que manifestamente não aconteceu", disse. 

Tal como noticiado na altura pelo DIÁRIO, a votação, numa primeira contagem, terá sido 'chumbada', com 31 votos contra, 30 votos a favor e uma abstenção. 

Após uma nova contagem dos votos, com mais dois a favor dos elementos da Mesa, que alegadamente não terão formalmente manifestado de forma expressa essa intenção (levantado o braço) no momento da votação, o resultado final, foi de 32 a favor, 31 contra e uma abstenção.

"Lamenta-se que a proposta apresentada pela direcção para sustentar o ponto único de ordem trabalhos (...) fosse baseada em valor de referência do site 'Transfermarket', que não corresponde manifestamente ao real valor da sociedade, uma vez que na avaliação apresentada na Assembleia Geral referia um valor de 5.275.000 de euros", disse Daniel Menezes, explicando que o valor inclui jogadores em fim de contrato, jogadores emprestados e jovens em formação, o que "fazendo uma conta ligeira este valor baixa significativamente".

A concluir reforça que esta acção judicial é o "último recurso" e que estão disponíveis para chegar a um entendimento com os órgãos sociais, de forma a "salvaguardar o futuro do clube, que no nosso entender, tem de ser o mais rápido possível na 1.ª liga, pois só assim a sustentabilidade do clube estará salvaguardada", remata.