Madeira continua a ser o 'campeão' da qualidade ambiental
Depois do impacto da pandemia, em 2021 só a Coesão diminuiu face a 2020, melhorando os índices de Competitividade e da Qualidade Ambiental e, por conseguinte, o Índice Sintético de Desenvolvimento Regional
A pandemia Covid–19, tal como a crise de 2013, que tinha resultado numa quebra do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) na Madeira no ano seguinte (2014), agora, depois da diminuição em 2020, há uma recuperação deste indicador em 2021, cujos dados foram divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e resumidos pela Direcção Regional de Estatística da Madeira. O indicador que mantém a Madeira em alta é o da qualidade ambiental, o que ocorre desde que se divulgou o primeiro ISDR para 2011.
Assim, os dados revelam que, face a 2020, há "um aumento da disparidade territorial dos resultados dos índices de competitividade e de coesão", começa por referir a DREM, que dá conta que "a Área Metropolitana de Lisboa mantém-se como a única região NUTS II que supera a média nacional em termos de desenvolvimento regional, com o índice global (agregação dos índices de competitividade, coesão e qualidade ambiental) a situar-se em 106,06, superior ao valor observado em 2020 (105,96)".
Seguem-se as regiões Norte (99,59) e Centro (97,36) que superam a Região Autónoma da Madeira (RAM), onde "aquele índice fixou-se em 96,61, registando um aumento face a 2020 (95,77)". Por sua vez, o Alentejo (96,03) e o Algarve (91,76) ficaram abaixo da Madeira, sendo que "na Região Autónoma dos Açores (RAA) foi observado um índice igual ao de 2020 (89,58), continuando a ser o mais baixo entre as 7 regiões NUTS II", realça a DREM.
"O índice de competitividade foi a dimensão do desenvolvimento regional que apresentou maiores desequilíbrios territoriais, onde a Área Metropolitana de Lisboa continua a destacar-se das restantes regiões, que, para além de registar o valor mais elevado do país, em 2021 (113,17), apresenta-se também como a única região NUTS II a superar a média nacional. Os Açores e o Algarve, ao invés, apresentaram os índices de competitividade mais reduzidos (82,08 e 89,10, pela mesma ordem). A RAM registou um índice mais alto (90,88) comparativamente a 2020 (88,55). Neste mesmo ano, na RAA, este índice subiu para 82,08, registando uma melhoria face a 2020 (81,32)", aponta a autoridade estatística regional. A Madeira ocupa, aliás, a terceira posição a contar do fim como a menos competitiva.
"Quanto ao índice de coesão, os resultados refletem, também, em 2021, o país como um território mais equilibrado do que no índice de competitividade, pelo menos ao nível do espaço continental, sendo que, em termos de desempenho, a Área Metropolitana de Lisboa (105,79) continua a superar a média nacional, posição que é partilhada com o Centro (100,22). A RAA apresenta o índice de coesão mais baixo do país (82,16), tendo diminuído ligeiramente relativamente ao ano anterior (82,33). Para a RAM é indicado igualmente um índice abaixo da média nacional (88,09), inferior ao valor observado no ano transato (88,93)", ocupando aqui a segunda posição a contar da base.
Por fim, a boa notícia é que quanto ao índice de qualidade ambiental, a Madeira continua a ser a região com melhores indicadores e aquela que, efectivamente mantém a Região com um ISDR positivo e a crescer novamente após a crise pandémica. "Os resultados apurados mostram menos dispersão comparativamente aos índices de coesão e de competitividade, sendo que naquela componente, a RAM, em 2021, destaca-se novamente por apresentar, na desagregação pelas 7 regiões NUTS II o melhor desempenho neste índice (111,90), registando um valor acima do observado em 2020 (110,98). Neste contexto, importa igualmente destacar o resultado da RAA (105,67), que também supera a média nacional, apesar da ligeira redução face ao ano anterior (106,38)", conclui, sendo certo que em 2019 chegamos a ter este indicador em 113,15.