Pedro Proença reeleito para terceiro e último mandato à frente da Liga de clubes
Pedro Proença foi hoje reconduzido sem oposição para um terceiro e derradeiro mandato na presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), anunciou o organismo, sem revelar o resultado das eleições dos órgãos sociais.
No ato eleitoral, que ocorreu durante a tarde de hoje, na sede do organismo, no Porto, o ex-árbitro internacional liderou a única candidatura com vista ao quadriénio 2023-2027 e tornou-se o primeiro presidente da história a ser eleito para três mandatos consecutivos.
De acordo com um comunicado publicado no sítio oficial da LPFP, os representantes das 18 sociedades desportivas da I Liga e das 16 do escalão secundário - com exceção das equipas B de Benfica e FC Porto - reelegeram também Mário Costa como presidente da Mesa da Assembleia Geral, Carlos Branco para a direção do Conselho Fiscal e Américo Esteves à frente do Conselho Jurisdicional, todos integrantes da lista de Pedro Proença.
O campeão nacional Benfica esteve representado pelo diretor-geral Lourenço Coelho, ao passo que o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa votou em nome do FC Porto, com o Sporting a exercer esse direito por Amândio Novais, do departamento jurídico do clube.
"Conheço o Pedro Proença desde o seu primeiro mandato, quando integrei a direção da LPFP. É uma pessoa com muita qualidade, capacidade e um grande carácter. Não é por acaso que há uma única lista. Na minha opinião, é o reconhecimento de todos os clubes pelo trabalho que ele tem desenvolvido", referiu aos jornalistas o presidente do Rio Ave, António Silva Campos, um dos líderes máximos de clubes da elite presentes na votação.
Rui Fontes, presidente do Marítimo, também sublinhou ser "natural que a unanimidade aconteça quando o trabalho está bem feito e os clubes estão satisfeitos", mas referiu que existem "muitas preocupações sobre a questão da centralização dos direitos televisivos".
"Tive a oportunidade de conhecer a LPFP no seu início e de voltar a conhecê-la 20 anos depois. Vejo que está completamente diferente no seu funcionamento. O futebol evoluiu muito e isso deve-se ao trabalho que Pedro Proença realizou com a sua equipa e àquilo que os clubes fizeram", defendeu o dirigente do clube madeirense, igualmente da I Liga.
Pedro Proença é o 10.º rosto distinto a passar pelo comando da LPFP, na sequência de Luís Duque (2014-15), de Mário Figueiredo (2012-15), do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes (2010-11), de Hermínio Loureiro (2006-10), de Valentim Loureiro (1989-91, 1991-94 e 1996-2006), do líder vigente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa (1995-96), de Manuel Damásio (1994-95), que então dirigia o Benfica, e dos já falecidos Lito Gomes de Almeida (1980-89) ou João Aranha (1978-80).
Pedro Proença tinha sido eleito pela primeira vez como presidente da LPFP em 2015, ao bater o então opositor e antecessor Luís Duque, com 58,2% dos votos, e foi reconduzido sem concorrência e unanimemente para outro mandato quatro anos depois, com 95,8%.
Apoiado de forma inédita pelas 34 sociedades desportivas nas eleições de 2023, o antigo árbitro, de 52 anos, incluiu nas suas 120 medidas a modificação dos estatutos da LPFP, para aplicar a limitação de mandatos, a internacionalização das competições, a redução dos custos de contexto do futebol profissional e a centralização dos direitos audiovisuais.
A tomada de posse dos novos órgãos sociais para o quadriénio 2023-2027 realiza-se na terça-feira, às 18:00, novamente no auditório João Aranha, na sede da LPFP, no Porto.