Exploração do mar profundo dos Açores permitiu identificar mais de 400 potenciais novas espécies
Telmo Morato, Investigador Principal, Okeanos, Universidade dos Açores
Mais de 400 potenciais novas espécies foram identificadas no âmbito da exploração do mar profundo dos Açores para apoio à conservação e gestão, diz Telmo Morato, Investigador Principal do Okeanos, Universidade dos Açores.
O biólogo de pescas marinhas que tem estado envolvido em vários projectos de investigação focados na ecologia de montes submarinos e águas profundas, gestão das pescas e ecologia de peixes, destacou as descobertas feitas pelos biólogos do Centro de Investigação OKEANOS, no mar profundo dos Açores. A equipa destes investigadores realizou mais de 600 mergulhos com o sistema de câmaras derivantes que permitiu recolher mais de 550 horas de vídeo/imagem, explorando mais de uma centena de km de fundos marinhos a cerca de 200 mil metros de profundidade.
De acordo com os investigadores, muitas das áreas estudadas e descobertas podem constituir ecossistemas marinhos vulneráveis, no entanto apresentam um bom estado ambiental.
Uma das descobertas, a dos corais negros, considera equivalente às florestas de sequóias nos Estados Unidos da América.