Iniciativa Liberal quer combater a violência doméstica
A Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal na Madeira defendeu esta quinta-feira, 1 de Junho, a adopção de medidas transversais e abrangentes para combater a violência doméstica, através de uma estrutura "que vise entrecruzar informação e conhecimentos entre todas as instituições e organismos que intervêm na problemática".
Em nota emitida, assinada por Carla Chatterley, o partido assevera que a violência doméstica é um crime "que envolve, na sua essência, uma assimetria de poder entre o agressor e a vítima, concretizada não só através da violência física, mas também psicológica, económica e/ou sexual", lembrando que apesar de as vítimas deste crime serem maioritariamente mulheres, a problemática afecta também "homens, crianças e familiares que coabitam com os agressores, incluindo mães e pais".
O Grupo de Trabalho para a Construção do Programa Eleitoral da Iniciativa Liberal compromete-se a discutir propostas para: "Formular uma estratégia multidisciplinar de modo a garantir uma melhor e mais célere resposta em situações de violência doméstica; Procurar a melhor formação e sincronização entre tribunais, as forças de segurança e as organizações de apoio à vítima; Criação de medidas de prevenção; As vítimas de violência doméstica devem ter acesso a serviços sociais de urgência, apoio e acolhimento, e recuperação. Isto inclui acompanhamento psicológico, apoio educativo à unidade familiar e apoio à formação e inserção laboral; Criar uma rede de apoio à habitação para vítimas de violência doméstica, que considere o Investimentos Habitacionais da Madeira, autarquias e privados de modo a facilitar o refúgio e proteção das mesmas. Os órgãos de gestão local desta rede devem ter contato direto com as associações de apoio à vítima; Promoção da sensibilização para a violência doméstica – conhecimento da problemática, identificação – nas crianças a partir do quinto ano de escolaridade. Sensibilização dos professores, de modo a que este problema possa ser identificado precocemente; Otimização do sector da Saúde na prevenção e detecção de casos, sensibilizando e formando os seus funcionários de modo a possibilitar diagnósticos precoces, assistência e reabilitação das vítimas de violência doméstica; Criar campanhas de combate ao crime da violência doméstica que invistam na projeção do empoderamento das mulheres e também no alargamento do conceito de vítimas, de modo a aumentar a consciencialização de que qualquer pessoa pode ser vítima de violência doméstica. Estas campanhas são de grande importância de modo a apelar à participação dos cidadãos e encorajar mais mulheres e homens, também como familiares afetados, a denunciar este crime, de modo garantir a sua segurança".