Madeira

"O século XXI será certamente reconhecido como o século da descarbonização"

CEO da Fundação Oceano Azul alerta para os problemas decorrentes do aumento do nível da água do mar

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Foto Miguel Espada/ASPRESS

'O Mar que nos une' deu o mote para o primeiro painel (parte I) da conferência 'Portugal e o Mar - A Engenharia Azul', promovida pela Ordem dos Engenheiros, e que visa olhar para o potencial da economia azul no desenvolvimento e na sustentabilidade em Portugal.

Numa conversa moderada por Dina Dimas, presidente do Conselho Nacional do Colégio de Engenharia Naval, coube a Tiago Pitta e Cunha, CEO da Fundação Oceano Azul, falar sobre 'O Mar não pode esperar'. Falou sobre as "novas ameaças" climáticas e disse ser "necessário tomar medidas no controlo da poluição costeira".

O administrador executivo da Fundação Oceano Azul explicou que, tendo por base dados estatísticos, a temperatura global da água do mar tem vindo a aumentar nos últimos, cerca de meio grau, e que essa absorção do excesso de calor vai se reflectir no aumento do nível da água do mar. Uma preocupação para a União Europeia, sobretudo ao nível das plantações agrícolas nas cotas mais baixas, e que vão possivelmente desaparecer.

Tiago Pitta e Cunha defendeu que Portugal se posicione na liderança da descarbonização e insiste, também para isso, na implementação das dietas verdes. O reforço da proteína de origem marinha pode ajudar na redução desta pegada carbónica, como sejam as algas ou os bivalves.