Criança
Seria, o mundo sem crianças
Sem o brilho dos seus olhos
Um jardim sem flores
Cheio de espinhos e abrolhos
Morto de fé e de esperanças
Entre os mais dissabores
Flores lindas em botão
São da vida, a primavera
Sinto o seu “chilrear”
Dentro da minha quimera
Batem em meu coração
Seus passos no caminhar
A sua sinceridade
A beleza do seu sorrir
A ternura do seu olhar
Refletem em seu sentir
Toda a simplicidade
Nesse dom de perdoar
Entre a sorte e o destino
Tu, criança franzina
Que não sabes caminhar
Põe a tua a mão na minha
Que eu te ensino o caminho
Que amanhã, me vais ensinar
José Miguel Alves