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Que fizeram das palavras paz e respeito pelo ser humano?

Somos a Região onde a violência doméstica encabeça a lista dos maus tratos em Portugal

Quem segue com atenção o que se passa na nossa Região, no nosso País e no mundo, fica com a sensação que estamos condenados a viver como querem os governantes que detêm o poder. Vale tudo, desde que sirva os interesses dos poderes instalados, que não se coíbem de alimentar uma guerra para vender armas, mesmo que seja à custa de perda de vidas humanas.

A palavra PAZ parece que foi banida do dicionário daqueles que continuam, em várias partes do mundo, a guerrear uns contra os outros, como se isso fosse a coisa mais normal num mundo que se diz civilizado e “normal”. Como é possível alimentar uma guerra que vai acabar por destruir um belo país? Porque não encostam à parede o agressor russo que continua a rir e a brincar no seu jogo maquiavélico de guerra permanente? Estão com medo de quê? Da bomba final? Se ela existe mesmo, um dia, quando já nada existir, ela vai cair, porque a guerra tem que ser alimentada por aqueles que têm indústrias de armas poderosas, que fazem girar as suas economias de guerra.

Como é possível que até hoje o Povo da Palestina continue a ser tratado como indolente quando devia ter direito à sua Pátria? Em nome de quê essa guerra continua a causar tanta morte e miséria? Porque as chamadas economias ocidentais se calam perante isto? O direito do Povo Palestino à sua Pátria deveria ser um dever patriótico de todos os que defendem um mundo com valores sem guerra e com respeito pelos seres humanos.

Este estado de coisas influenciam as mentes, já por vezes muito doentes, dos habitantes da Terra. É cada vez maior o número de pessoas, jovens e menos jovens, que recorrem ao suicídio, cada vez que a vida lhes troca os planos e os sonhos. Cada vez mais se ouve falar dos que recorrem a drogas ilícitas mas também legais, como o álcool, e acabam por cometer barbaridades, como assistimos presentemente ao assassinato de uma mulher na sua própria cama pelo seu companheiro. Disseram que foi porque estavam alcoolizados. Será só isso? Ou a mentalidade machista que diz que a mulher é posse do homem, é que predominou neste e noutros assassinatos que ocorrem todos os anos no nosso e em outros países?

Somos a Região onde a violência doméstica encabeça a lista dos maus tratos em Portugal, mas infelizmente essas estatísticas não contam para nada por aqui, porque se entrassem nas apreciações da qualidade de vida, a Madeira não receberia qualquer prémio. Por isso, camuflar e fingir que cada caso é um caso isolado, é uma forma de fugir à crítica pública e ao investimento que deve ser feito na prevenção permanente, no sentido de serem introduzidas mudanças a sério na educação a todos os níveis da sociedade. Não basta o lamento depois de sair as estatísticas vergonhosas que não alteradas há muitos anos. Algo está a falhar e não é pouco. Esta também é uma guerra que está muito longe de ser vencida, mas que vale a pena não desistir de encontrar os mecanismos da paz e do respeito uns pelos outros.

Hoje é o dia da Criança. Existe uma Declaração que define os seus direitos. Se forem respeitados por todos, esses direitos, desde o seu nascimento, as sociedades seriam mais humanas e felizes como é a inocência de quem chega a este mundo.