Media Capital quer sair da TDT e Impresa diz que tema merece "discussão alargada"
O presidente executivo da Media Capital defendeu hoje a saída da TDT, que custa oito milhões de euros aos três operadores, o líder da Impresa disse que o assunto merece uma "discussão alargada" e a RTP admite que é caro.
Os presidentes executivos da Media Capital, Pedro Morais Leitão, da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, e da RTP, Nicolau Santos, falavam no painel Estado da Nação dos Media, no primeiro dia da 32.ª edição do congresso da APDC, que se realiza em Lisboa.
Morais Leitão defendeu que é preciso repensar a televisão digital terrestre (TDT).
É preciso "repensarmos o que estamos a fazer na televisão digital terrestre, estes três operadores gastam oito milhões de euros por ano a transmitir para 150 mil pessoas que se calhar mais valia usar a Tarifa Social de Internet" para lhes pôr conteúdos em casa, salientou.
Questionado sobre está a propor o fim da TDT, rematou: "Achamos que neste momento não é possível fazê-lo em janeiro de 2024".
Já Francisco Pedro Balsemão considerou não ser possível.
"Há legislação que regula, achamos que pagamos demais por que é aquilo que é a TDT", disse, admitindo que o tema "merece uma discussão mais alargada".
Por sua vez, Nicolau Santos admitiu que a TDT é "um custo excessivo".
Em 07 de dezembro, a Altice Portugal confirmou que já tinha requerido junto das entidades competentes a renovação dos direitos de utilização de frequências TDT.
A dona da Meo tinha até 09 de dezembro para informar se pretendia manter a licença para o serviço de televisão digital terrestre (TDT) depois deste ano.
Os direitos de utilização de frequências da TDT foram atribuídos à Meo em 09 de outubro de 2008 por 15 anos.
A concessão termina este ano.
Sobre a inteligência artificial, tanto os CEO da Impresa como da Media Capital consideram ser um desafio.
"É um grande desafio que temos pela frente, a inteligência artificial pode nos ajudar muito a todos, não tenho numa dúvida sobre isso", afirmou Nicolau Santos, recordando que a União Europeia está a pensar em regulamentação para condicionar a utilização em determinadas áreas de atividade.