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Gratidão

Dia 5 de maio passou a data simbólica. A Organização Mundial de Saúde declarou o fim da emergência para a covid-19 a nível global.

Para além dos incontáveis contágios em todo o mundo, foram 6.900.000 as vítimas mortais, sendo provável que os verdadeiros números atingirão o triplo. Em Portugal as estatísticas também são significativas. Quanto a infecções a DGS refere a ultrapassagem dos 5,5 milhões. Com mais de 25.000 mortes.

Saúda-se o culminar do que foi um pesadelo para todos. Mas não podemos deixar de ter em conta que o vírus continua por aí. E a todo o momento podem surgir novas variantes que venham a complicar as nossas vidas. A OMS avisou que vai manter um plano de emergência para a doença e aconselhou os países a fazê-lo também. Bem como a manterem a monitorização e vigilância.

Alertou também para o Longo Covid. Em Portugal os especialistas não só concordam como recomendam o aparecimento de um plano nacional para abordagem desse problema. No país estima-se a existência de doentes de longa duração na ordem dos 6% de entre os infectados. Percentagem que se traduz em cerca de 350.000 pacientes. A quem é preciso acompanhar prestando os devidos cuidados de saúde. E o sistema tem de preparar-se para este aumento substancial nos respectivos serviços.

Mas o momento não é de preocupação, mas de alívio, de responsabilidade e de gratidão. Que devemos à administração regional, organismos públicos e de saúde e aos seus dirigentes e funcionários, particularmente médicos e enfermeiros, e à nossa população. Que, em unidade, souberam enfrentar a calamidade com prudência, determinação e resiliência. Mostrando competência superior no eficaz combate e controle da pandemia. Bem hajam.